Somos capazes de escutar os desmentidos sociais?

Autores

Palavras-chave:

desmentido, Ferenczi , marcadores sociais , clínica psicanalítica

Resumo

Este artigo objetiva discutir o impacto do desmentido na escuta do analista, com destaque para o desmentido das marcas sociais de pertencimento e das hierarquias daí derivadas. Para tal, examinaremos a noção de desmentido na obra de Ferenczi, suas possíveis aplicações no campo social e a hipocrisia com que a comunidade psicanalítica parece reagir a esta discussão. Buscaremos compreender esta resistência ativa dos psicanalistas usando as ferramentas analíticas dos estudos decoloniais, pós-coloniais, feministas, entre outros, que buscam estudar processos de subjetivação consequentes à subalternização e à minorização, relacionados a raça, gênero, classe social, cultura e língua. Seguiremos permanentemente a questão: somos capazes, na clínica psicanalítica, de escutar os desmentidos sociais?

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Biografia do Autor

Fernanda Canavêz, UFRJ

Doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, professora do Instituto de Psicologia da UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRRJ, coordenadora do marginália - Laboratório de Psicanálise e Estudos sobre o Contemporâneo (IP/UFRJ). 

 

 

 

Julio Sergio Verztman, UFRJ

Doutor pelo IPUB-UFRJ, professor do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica (PPGTP-UFRJ) e do mestrado profissional em atenção psicossocial (MEPPSO-IPUB-UFRJ), coordenador do NEPECC.

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Publicado

2021-07-02

Edição

Seção

Artigos