O CAPS e a desinstitucionalização: uma direção ética de trabalho

Autores

  • Renata Estrella
  • Mariana Mollica Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v1i2.22183

Palavras-chave:

Reabilitação psicossocial, Reforma Psiquiátrica, Desinstitucionalização, Psicose, Laço Social

Resumo

A saída do louco dos hospícios, orientada pela atenção psicossocial, produz desinstitucionalização, ou seja, mudança na exclusão subjetiva característica ao estranhamento que a loucura produz no espaço público? Esta questão nos guia, trazendo para primeiro plano a ética como direção do trabalho na Reforma Psiquiátrica e na reinserção psicossocial, pelo exemplo do CAPS III Arthur Bispo do Rosário; serviço vinculado ao maior Programa Residencial Terapêutico do Rio de Janeiro. Por meio de fragmentos de um caso clínico, trabalhado na supervisão de equipe, trazemos para o debate a direção clínica que subverte os discursos sanitário e assistencial, princípios diretores da reforma psiquiátrica. Propomos, assim, o manejo da transferência orientado pela psicanálise como chave para uma possível implicação do sujeito em sua saída do manicômio, no abalo do lugar de objeto de práticas médicas e assistenciais e, sobretudo, no tratamento do sintoma que leva a severos impasses no laço social.

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Biografia do Autor

Renata Estrella

Especialista em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria IPUB/UFRJ; Mestre em pesquisa e clínica em psicanálise pela UERJ; Coordenadora Técnica do CAPS Arthur Bispo do Rosario.

Mariana Mollica, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre e doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ). Professora do Departamento de Psicologia da UFRJ. Pesquisadora e Professora Associada da Pós-graduação em Clínica Psicanalítica (IPUB/UFRJ). Supervisora do CAPS Arthur Bispo do Rosário e da Área Programática 4.0.

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Publicado

2015-08-15

Edição

Seção

Dossiê Trabalho em Saúde