O impacto das redes sociais no processo de migração familiar

Autores

  • Ana Paula Sesti Becker UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
  • Lucienne Martins Borges UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v2i1.22195

Palavras-chave:

Imigração, Redes sociais, Psicologia Intercultural, Teoria Sistêmica, Família

Resumo

A experiência da migração repercute na dinâmica familiar e social de seus membros implicados nesse processo, tendo em vista a fragilização dos laços afetivos e socioculturais com o país de origem. Este estudo, de caráter qualitativo e exploratório, tem como objetivo identificar as redes sociais de famílias imigrantes no Brasil antes e após, sua migração. Participaram da pesquisa cinco famílias de diferentes nacionalidades: Estadunidense, Argentina, Boliviana, Haitiana e Peruana. Para a coleta de dados utilizou-se o Mapa de Redes e entrevista semiestruturada. Os resultados foram analisados pela Teoria Fundamentada, por meio de análise temático categorial. Os resultados apontaram mudanças estruturais nas redes das famílias, especialmente quanto aos aspectos de tamanho e dispersão após a migração. Considera-se que pela ausência de membros familiares no país de acolhida, as famílias buscaram outras fontes de apoio e sentiram-se mais pertencentes ao novo contexto cultural.

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Biografias Autor

Ana Paula Sesti Becker, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Psicóloga formada pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI (2012) e Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina PPGP/UFSC (2014) vinculada ao grupo de Pesquisa - Psicologia, Cultura e Saúde Mental. Atualmente é docente em Psicologia pela UNIFEBE - Centro Universitário de Brusque/SC e cursa Especialização em Psicologia Clínica (Terapia Familiar Sistêmica) pelo Instituto Familiare em Florianópolis/SC; também desenvolve atividades terapêuticas de atendimento infantil e familiar. Integrou a equipe da Clínica Intercultural no SAPSI - Serviço de Atenção Psicológica da UFSC (2013-2014) e o Laboratório de Psicologia da Saúde e da Família (LABSFAC/UFSC), bem como à equipe multiprofissional da Rede Feminina de Combate ao Câncer no município de Baln. Camboriú/SC (2012). Supervisionou grupos universitários que desenvolviam trabalhos filantrópicos e voluntários na Pastoral Universitária da Universidade do Vale do Itajaí (2008-2012).

Lucienne Martins Borges, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Professora Adjunta III na Universidade Federal de Santa Catarina, atua na Graduação e na Pós-Graduação em Psicologia e coordena o Núcleo de Estudos sobre Psicologia, Migrações e Culturas (NEMPsiC). Doutora em Psicologia (Ph.D., Université du Québec à Trois-Rivières - Canadá, possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (1991), mestrado em Estudos Literários - Université du Quebec, Canadá (1996) e mestrado em Psicologia - Université Laval, Canadá (2000). Professeur Associé na Université du Québec à Montréal (UQAM), Colaboradora na Unité dEthnopsychiatrie et de Stress Post-traumatique (Universidade Laval - Canadá) e do Service dAide Psychologique Spécialisée aux Immigrants et Réfugiés (Université Laval/CSSS, Canadá). Líder do Grupo de Pesquisa "Psicologia, cultura e saúde mental". Atualmente faz parte do corpo docente da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Hospital Universitário da UFSC, na área de concentração Atenção em Urgência e Emergência. Interessa-se principalmente pelos seguintes temas: Psicologia clínica intercultural, migrações, refúgio e saúde mental, violência (vítimas e agressores), homicídio conjugal.

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Publicado

2015-12-22

Edição

Secção

Artigos