Formas específicas de produção cultural dos fãs brasileiros da série britânica Doctor Who

Autores

  • Thais de Auxílio Faculdade Cásper Líbero
  • Luis Mauro Sá Martino Faculdade Cásper Líbero
  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Palavras-chave:

Fandom, Doctor Who, engajamento produtivo, Comunicação.

Resumo

A partir de uma pesquisa realizada junto à comunidade virtual de fãs brasileiros da série britânica de ficção científica Doctor Who, busca-se conhecer e analisar as atividades produtivas de seus integrantes, além de revelar seu engajamento com a trama ficcional e com os outros fãs. Por meio de observação participante e entrevistas com 50 integrantes da comunidade online de fãs da série, foi possível perceber que as comunidades não são somente espaços de compartilhamento de informações, mas locais em que os fãs lutam por prestígio, adquirido através de três processos principais: (1) conhecimento das tramas da série; (2) aquisição de produtos materiais como action figures ou imagens/episódios raros e produção própria de artefatos culturais ligados à série; (3) participação em eventos organizados pela comunidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thais de Auxílio, Faculdade Cásper Líbero

Especialista em Comunicação pelo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Faculdade Cásper Líbero.

Luis Mauro Sá Martino, Faculdade Cásper Líbero

Professor do PPG da Faculdade Cásper Líbero. Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP.

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutora em Comunicação Social pela UFMG, professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social dessa mesma instituição.

Referências

ANG, Ian. Watching Dallas. Londres: Routledge, 1985.

ANDREJEVIC, Mark. Watching Television Without Pity: The Productivity of Online Fans. In: Television New Media, v.9, n.1, p.24-46, 2008.

AMARAL, Adriana. Uma breve introdução à subcultura cyberpunk. Estilo, alteridade, transformações e hibridismo na cibercultura. In: E-Compós, v. 3, p.1-22, 2005.

AMARAL, A., DUARTE, R. A subcultura cosplay no Orkut: comunicação e sociabilidade online e offline. In: S.BORELLI, J.FREIRE FILHO (orgs). Culturas juvenis no século XXI. São Paulo: EDUC, 2008, p.269-288.

AUXILIO, Thais de. A criação de comunidades online de fãs: um estudo da série britânica “Doctor Who”. In: XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom. Fortaleza, 3 a 6 de setembro de 2012. Anais do XXXV Congresso da Intercom. Disponível em: < http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-1855-1.pdf>, acesso em 23/03/13.

BORELLI, Sílvia H. Consumo juvenil, adultescência, juvenilizações. In: FREIRE FILHO, J. & BORELLI, Sílvia H (orgs). Culturas juvenis no século XXI. São Paulo: Educ, 2008, p.59-78.

BOURDIEU, Pierre. La distinction. Paris: Minuit, 1980.

HEBDIGE, Dick. Subculture: the meaning of style. London: Methuen, 1979.

HILLS, Mathew. Fan Cultures. London: Routledge, 2002.

JENKINS, Henry. Fans, bloggers and gamers: exploring participatory culture. Nova York: NYU Press, 2006.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

JENSON, Joli. Fandom as pathology: consequences of characterization. In: LEWIS, Lisa A. (org). The Adoring Audience: fan culture and popular media. London, New York: Routledge, 1992, p.9-29.

LEWIS, Lisa A. (org). The Adoring Audience: fan culture and popular media. London, New York: Routledge, 1992.

LIVINGSTONE, Sonia. The Challenge of Changing Audiences: Or, What is the Audience Researcher to Do in the Age of the Internet? In: European Journal of Communication, v.19, n.1, p.75-86, 2004.

MAGALHÃES, Henrique. O rebuliço apaixonante dos fanzines. João Pessoa: Marca de Fantasia/Ed. Universitária UFPB, 2003.

MAGALHÃES, Henrique. Fanzine: comunicação popular e resistência cultural. In: Visualidades – Revista do programa de Mestrado em Cultura Visual da UFG, v.7, n.1, p.100-115, 2009.

MARQUES, A. C. S. Ficção Televisiva e Experiência Estética. In: Contemporanea, v. 6, p. 1-26, 2008a.

MARQUES, A. C. S. Narrativa, política e vida social: do folhetim à ficção seriada televisiva. In: Contracampo, v. 18, p. 25-48, 2008b.

MARTINO, Luis Mauro Sá. Teorias da Comunicação. Petrópolis: Vozes, 2009.

MARTINO, Luís Mauro Sá. Comunicação e Identidade. São Paulo: Paulus, 2010.

MORENO, Carlos Alexandre de Carvalho, OLIVEIRA, Janete. Cosplay e a visão da cultura japonesa no Brasil. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - INTERCOM, 2010, Caxias do Sul. Disponível em < http://www.elo.uerj.br/pdfs/ELO_Ed5_Artigo_Cosplay.pdf>, acesso em 24/03/13.

MORIN, Edgar. As estrelas. São Paulo: José Olympio, 1984.

MORIN, Edgar. Cultura de Massas no Século XX. Rio de Janeiro: Forense, 1985.

MORLEY, David. The NationWide Audience. Londres: Routledge, 1980.

OLIVEIRA, Arthur Carlos Franco e TONUS, Mirna. Bazinga! Uma Análise Neotribal Do Sitcom The Big Bang Theory. In: XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste – INTERCOM Sudeste, 2011, São Paulo. Disponível em: < http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2011/resumos/R24-0340-1.pdf>, acesso em 24/03/13.

STREET, John. Mass media, politics and democracy. Londres: Palgrave: 2001.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

ROCHA, Silvia Pimenta Velloso. O homem sem qualidades: modernidade, consumo e identidade cultural. In: Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 2, n. 3, p. 111-121, 2005.

RONSINI, Veneza. Marcadores de Sentido. Porto Alegre: Sulina, 2007.

SHEFRIN, Elana. Lord of the Rings, Star Wars, and participatory fandom: mapping new congruencies between the internet and media entertainment culture. In: Critical Studies in Media Communication, v.21, n.3, p. 261-281, 2004.

Van ZOONEN, Liesbet. Entertaining the citizen. Londres: Rowan & Littlefield, 2006.

Downloads

Publicado

2013-07-31

Edição

n. 28 (2013): A Cultura fã na era das mídias digitais

Seção

Artigos

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial, CC BY-NC permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista, sem que o material seja usado para fins comercias.

    1. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

  1. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).