O povo é um só? - A cisão da cidade política e do povo em A cidade é uma só?

Autores/as

  • Alessandra Soares Brandão Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
  • Ramayana Lira de Sousa Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
  • Julio Cesar Alves da Luz Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Resumen

A noção de uma cidade dividida é o ponto de partida de A cidade é uma só? (2011), filme de Adirley Queirós, que aposta numa estratégia de borramento das fronteiras entre documento e ficção, tensionando-os numa trama de deslocamentos que os entretece, por um lado, com o movimento entre o passado – do contexto histórico da Brasília do início dos anos 70– e o presente da filmagem e, por outro, com o trânsito mesmo dos personagens pelo espaço. O filme desloca o seu centro de interesse para fora do centro, para personagens da periferia que são o contrapeso do povo dividido, da cidade dividida, mas o faz não somente para marcar suas disparidades; o que está em jogo é o movimento que procura romper os limites, que quer dissolver as linhas separadoras, atravessando-as no sentido que as perturba.


 

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Biografía del autor/a

Alessandra Soares Brandão, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Doutora em Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora do Curso de Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina.

Ramayana Lira de Sousa, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Doutora em Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem e do curso de graduação em Cinema e Realização Audiovisual da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Julio Cesar Alves da Luz, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Doutorando, com bolsa do PROSUP (CAPES), em Ciências da Linguagem na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

Citas

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Publicado

2018-04-19