A imagem-interface que emerge do projeto "Eu sou Amazônia", do Google Earth
Resumen
Este artigo propõe refletir como audiovisualidades como o projeto Eu sou Amazônia, do Google Earth, apresentam dinâmicas próprias de uma dada tecnocultura, sendo capazes de revelar uma memória de Amazônia que dura e se atualiza constantemente. Para isso, tensionamos a presença do software como um ambiente em que a ideia de imagem-interface (Arantes, 2015; Montaño, 2015) se manifesta e proporciona diferentes experiências para o usuário disposto a conhecer uma Amazônia virtual. A imagem-interface acionada aqui traz o debate sobre a participação do sujeito no ambiente do software. Assim, no Eu sou Amazônia, em vários âmbitos, o usuário é convidado a produzir o seu fluxo narrativo sobre a Amazônia, deixando de estar apenas diante de tempos diversos das imagens técnicas e passa a estar no meio delas, como um sujeito de experiências imagéticas (Arantes, 2015). Como percurso metodológico, decidimos agir através da arqueologia das mídias, com base na ideia de escavar temporalidades distintas nas camadas do produto analisado. Desse modo, desenvolvemos considerações sobre os sentidos de Amazônia produzidos nesse ambiente, atuando com experiências promovidas pelo modo de ser das audiovisualidades.
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