O jogo interativo na construção fílmica: Jean Rouch em três tempos

Autores

  • Daniela Dumaresq Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i23.118

Palavras-chave:

Interação. Documentário. Análise Fílmica.

Resumo

Este artigo analisa as formas de interação entre o eu e o outro em três filmes do diretor francês Jean Rouch: Eu, um negro (1957), Crônica de um verão (1960) e Os tambores do passado (1971). Rouch foi um mestre na arte de criar filmes baseando-se no método da improvisação e da criação de personagens e narrativas a partir do encontro entre o aparato cinematográfico e os atores. Em seus filmes, a câmera funciona como elemento catalisador de relações sociais que estão na origem da narrativa que vemos na tela. Nesses filmes, a relação entre observador e observado é lastreada por um acordo. Os atores são informados sobre a presença de câmeras e microfones e concordam, em alguma medida, em servir de base para a construção das personagens fílmicas. A relação de alteridade aqui pressuposta se dá, então, entre um eu-aparato cineamtográfico e um outro-estrangeiro a esse aparato, mas que a ele se oferece.

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Biografia do Autor

Daniela Dumaresq, Universidade Federal do Ceará - UFC

Jornalista (UFC), Mestre em Comunicação (UFRJ), Master-Etudes cinématographiques et audiovisuelles (Paris III - Sorbonne Nouvelle), Doutora em Sociologia (USP), professora do curso de Cinema e Audiovisual (UFC).

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Publicado

2011-12-08

Edição

Seção

Artigos