Glauber Rocha e as imagens do sertão

Autores

  • Sylvia Nemer

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i15.556

Palavras-chave:

cinema, história, cultura popular

Resumo

Este texto tem como objetivo discutir o problema da intertextualidade fílmica por meio da análise da apropriação da literatura de cordel em Deus e o diabo na terra do sol (1964) e em O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969), filmes de Glauber Rocha dedicados à representação do universo social e cultural sertanejo. A preocupação do cineasta com a forma de representação, discutida em seus textos Estética da fome (1965) e Estética do sonho (1971), reflete-se, nos dois filmes estudados, no modo como estes lidam com o cordel. Recusando o tratamento da temática sertaneja pelo cinema político da época, o cineasta procurava retratar o sertão a partir de suas próprias tradições que passavam, contudo, por um processo de transformação visando a sua adaptação, em primeiro lugar, à narrativa cinematográfica e, em segundo, a uma perspectiva política inexistente nas manifestações da cultura popular.

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Publicado

2006-12-01