Três bases estéticas e comunicacionais da política: cenas de dissenso, criação do comum e modos de resistência

Autores

  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i26.298

Palavras-chave:

estética, política, dissenso, comum, resistência, comunicação

Resumo

Este artigo pretende identificar, à luz do pensamento de Jacques Rancière, algumas das principais dimensões estéticas e comunicacionais presentes na base da política. A primeira refere-se à política como produção de “cenas de dissenso”, que se constituem quando sujeitos que não eram contados como interlocutores, irrompem e promovem a redisposição de objetos e o reenquadramento de imagens que constituem o mundo comum já dado. Essas são cenas de embate e aparição dos sujeitos, que propõem novos contextos e elementos de enunciação, promovendo a subjetivação política e o constante teste argumentativo da igualdade. A segunda explicita que a política desafia uma maneira consensual de registro e imposição de um “comum” e, ao mesmo tempo, instaura a possibilidade de opô-lo a outros “comuns” que dificilmente figuram como formas de experiência sensível do mundo. Por sua vez, a terceira nos remete aos modos de resistência dados a ver nas inúmeras irrupções da política dentro da ordem policial (la police).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação Social pela UFMG e Professora do Departamento de Comunicação dessa mesma instituição, atuando na graduação e Pós-graduação. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, PQ-2.

Downloads

Publicado

2013-04-25

Edição

Seção

Artigos