Jornalismo, Memória e Testemunho: Uma análise do tempo presente
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.1076Palavras-chave:
Jornalismo, Memória, TestemunhoResumo
O objetivo do artigo é relacionar jornalismo e memória, a partir do maior vínculo entre eles: o testemunho. A análise tem como apoio metodológico uma pesquisa realizada com 103 jornalistas do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2017 sobre seus ícones na profissão. O resultado é interpretado com o respaldo teórico de pesquisadores da memória, como Barbie Zelizer, Andreas Huyssen, Maurice Halbwachs e Philippe Joutard. A questão do testemunho é estudada em duas dimensões: o testemunho como ferramenta histórica de produção do jornalismo e o testemunho do jornalismo sobre si mesmo, em um tempo acelerado, que privilegia o presente em detrimento do passado ou do futuro.
Downloads
Referências
BRÊTAS, Pollyana. Observador em primeira pessoa: um desafio epistemológico na “tradução da realidade”. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/ECO). Rio de Janeiro, 2016.
CANDAU, Joel. Memoire et identité. Paris: PUF, 1998.
GERK, Cristine. Jornalismo e público: reconfigurações no contexto digital. WhatsApp do Extra como ferramenta histórico-tecnológica. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/ECO). Rio de Janeiro, 2016.
D`AMARAL, Marcio Tavares. Sobre Tempos e História: O paradoxo pós-moderno. In: SANTORO, Fernando; FOGEL, Gilvan; AMARAL, Gisele; SCHUBACK, Márcia C. (Org.). Pensamento no Brasil - Emmanuel Carneiro Leão. 1ed.Rio de Janeiro: Hexis - Fundação Biblioteca Nacional, 2010, v. 1, p. 351-369.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado – contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006 [original: 1979]
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, Universidade Cândido Mendes, Museu de Arte Moderna-RJ, 2000.
JOUTARD, Philippe. Histoire et mémoires: conflits et aliance. Paris: Éditions la Découverte, 2015.
LYOTARD, J-F. O pós-moderno. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.
NAMER, Gerard. Mémoire et societé. Paris: Meridiens Klincksieck, 1987.
OLICK, Jeffrey K. Reflections on the Underdeveloped Relations between Journalism and Memory Studies. In ZELIZER, Barbie e TENENBOIM-WEINBLATT, Karen. Jornalism and Memory. EUA: Palgrave Macmillan, 2014. Págs. 17 a 32.
RESENDE, Fernando. O Jornalismo e a enunciação: perspectivas para um narrador-jornalista. In: LEMOS, André; BERGER, Christa; BARBOSA, Marialva (Orgs.) Narrativas midiáticas contemporâneas. Porto Alegre: Sulina, 2006.
SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: por uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.
TODOROV, Tzevtan. Les abus de la mémoire. Paris: Arléa, 1995.
VAZ, Paulo; SANTOS, A. & ANDRADE. P. H. Testemunho e Subjetividade Contemporânea: narrativas de vítimas de estupro e a construção social da inocência. Juiz de Fora: Lumina (online), 2014, v. 8, pp. 1-33.
VAZ, P.; SÁ-CARVALHO, C.; POMBO, M.. Risco e sofrimento evitável: a imagem da polícia no noticiário de crime. Brasília: E-Compós, v.4, 2005.
ZELIZER, Barbie e TENENBOIM-WEINBLATT, Karen. Jornalism and Memory. EUA: Palgrave Macmillan, 2014
ZELIZER, Barbie. Covering the body: the Kennedy assassination, the media and the shaping of collective memory. Chicago: The University of Chicago Press, 1992.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.