“É de confiar desconfiando”: tensões e conflitos entre o ativismo LGBT e a mídia
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.28512Palavras-chave:
Ativismo LGBT, Mídia, Usos da internet.Resumo
Este artigo analisa a relação entre o ativismo LGBT brasileiro e os usos da internet, especificamente no âmbito das tensões e conflitos travados com a mídia tradicional. Através da observação de quatro plataformas digitais voltadas ao ativismo pró-LGBT e de entrevistas realizadas com os/as ativistas responsáveis, buscamos contribuir para o debate acerca do impacto desses espaços de comunicação online nas ações do ativismo LGBT. O uso criativo da internet possibilita que ativistas disputem narrativas compensando o fluxo unilateral de informação próprio da mídia tradicional, sobretudo em termos de visibilidade, diversidade de representações, estratégias de diálogo e busca por reconhecimento.
Downloads
Referências
ÁVILA, Simone. FTM, transhomem, homem trans, trans, homem: a emergência de transmasculinidades no Brasil Contemporâneo. (Tese de doutorado no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas). Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC, 2014.
BELELI, Iara. Eles[as] parecem normais: visibilidade de gays e lésbicas na mídia. Revista Bagoas, n. 04, 2009, pp. 113-130.
BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
CARDOSO, Gustavo. A Mídia na Sociedade em rede. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
CARVALHO, Mario Felipe de Lima. “Muito prazer, eu existo!” Visibilidade e reconhecimento no ativismo de pessoas trans no Brasil. (Tese de doutorado em Saúde Coletiva). Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, Rio de Janeiro, RJ, 2015.
CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
________, Manuel. A Sociedade em Rede. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. São Paulo: Paz & Terra, 2013.
________, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013b.
COLETTO, Luiz Henrique. O movimento LGBT e a mídia: tensões, interações e estratégias no Brasil e nos Estados Unidos. (Dissertação de Mestrado em Comunicação). Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 2013.
DANILIAUSKAS, Marcelo. Não se nasce militante, torna-se: processo de engajamento de jovens LGBT – Panorama histórico na cidade de São Paulo e cenário atual em Paris. (Tese de doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, 2016.
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
FACCHINI, Regina. Sopa de letrinhas?: movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
_______, Regina; FRANÇA, Isadora. De cores e matizes: sujeitos, conexões e desafios no Movimento LGBT brasileiro. Sexualidad, Salud y Sociedad: Revista Latinoamericana, n.3, 2009, pp.54-81.
FILHO, João Freire. Força de Expressão: Construção, Consumo e Contestação das Representações Midiáticas das Minorias. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n.28, 2005, pp. 18-29.
HARAWAY, Donna. “Gênero” para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos Pagu, n.22, 2004, pp. 201-246.
LEAL, Bruno; CARVALHO, Carlos Alberto de. Jornalismo e Homofobia no Brasil: mapeamento e reflexões. São Paulo: Intermeios, 2012.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
MACRAE, Edward. A construção da igualdade: identidade sexual e política no Brasil da “abertura”. Campinas: Editora Unicamp, 1990.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século. In: MORAES, Denis (Org). Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.
MISKOLCI, Richard. A Teoria Queer e a Sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Revista Sociologias. Porto Alegre, nº 21, 2009, pp. 150-182.
NUSSBAUMER, Gisele. Comunicação, sociabilidade e escrita de si: a comunidade GLS no ciberespaço. (Tese de doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas). Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, BA, 2004.
PÉRET, Flávia. Imprensa gay no Brasil: entre a militância e o consumo. Publifolha, 2011.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.
RIBEIRO, Irineu Ramos. A TV no armário: a identidade gay nos programas e telejornais brasileiros. São Paulo: GLS, 2010.
RUBIN, Gayle. O Tráfico de mulheres: notas sobre economia política do sexo. Recife: Edição SOS Corpo, 1993.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e realidade. Porto Alegre, v. 20, n. 7, 1995, pp. 71-99.
SEFFNER, Fernando. Derivas da masculinidade: representação, identidade e diferença na masculinidade bissexual. (Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, 2003.
SIMÕES, Júlio Assis; FACCHINI, Regina. Na trilha do arco-íris: do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2009.
VERÓN, Eliséo. Esquema para el analisis de la mediatización. Revista Diálogos de la Comunicación. Lima, n. 48, 1997.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.