Imigrantes sem voz: A produção de silêncio na cobertura jornalística das manifestações anti-imigração

Autores

  • Sônia Virgínia Moreira Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Monica C P Sousa Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Vânia Fortuna Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v38i2.28514

Palavras-chave:

Jornalismo, Geografias da Comunicação, Imigração, Vozes

Resumo

Este artigo traz algumas percepções resultantes do trabalho de campo de pesquisa em andamento sobre a cobertura, pela mídia de grande porte, de assuntos relativos a imigrantes e refugiados no Brasil. Parte do entendimento de que o jornalismo disputa significados na interpretação da realidade e opera o afastamento das vozes dissidentes do consenso discursivo. Ao neutralizar as falas discordantes, o jornalismo transforma em “resmungos” ou “sussurros” as condições não hegemônicas. A metodologia considera elementos do espaço social e do lugar de fala na produção discursiva na análise comparada de matérias publicadas em edições de maio de 2017 dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo sobre manifestações contra imigração ocorridas em São Paulo. 

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Biografia do Autor

Sônia Virgínia Moreira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora titular (visitante) da Universidade Federal de Juiz de Fora; professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Membro permanente do conselho curador da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom); membro do conselho científico da SBPJor - Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo. Pesquisadora sênior de duas redes internacionais de pesquisa: The Worlds of Journalism Study (Universidade de Munique - LMU) e o International Media Concentration Research Project (Universidade de Columbia, NY). Lidera o Grupo de Pesquisa Geografias da Comunicação (CNPq). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em jornalismo e radiodifusão, com produção nos seguintes temas: pesquisa em jornalismo, estudos de rádio, audiovisual, indústria de mídia e geografias da comunicação.

Monica C P Sousa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Pós-doutoranda em Comunicação (Uerj). Doutora em Comunicação (UFF). Membro do grupo de pesquisa Geografias da Comunicação. ermbro Study of Risk and Resilience among Journalists in Brazil.

Vânia Fortuna, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF/2016), mestre em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/2009), especialista em Comunicação Empresarial pela Universidade Candido Mendes, graduada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá (habilitação em jornalismo) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (habilitação em Relações Públicas). É professora dos cursos de jornalismo e publicidade e propaganda da Universidade Veiga de Almeida (UVA), membro dos grupos de pesquisa Comunicação Urbana, Consumo e Eventos, e Comunicação, Arte e Cidade (CAC), ambos da UERJ. 

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Publicado

2019-08-31 — Atualizado em 2021-01-25

Versões

Edição

v. 38 n. 2 (2019): Mídia, reconhecimento e constituição de subjetividades

Seção

Dossiê

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