Enquadramentos da subjetividade no cinema brasileiro
olhares de uma câmera sensível
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v40i2.50159Resumo
Como definiríamos do ponto de vista sensível uma câmera que entrega ao espectador imagens que “normalmente” estariam fora de quadro? Este ensaio tem por objetivo explorar os efeitos de enquadramento nos filmes Redemoinho (2016), de José Luiz Villamarim e Pela Janela (2017), de Caroline Leone, partindo da reflexão sobre uma emergência de filmes brasileiros que parece estar bastante interessada em uma política cotidiana. Trata-se de um cinema cujas estéticas privilegiam o dentro do quadro e a profundidade de campo, a subjetividade das coisas, as ambiências engendradas aos personagens, as micro-ações, e assim suscitam “novas” experiências sensíveis. Entende-se que essa estética possui uma materialidade fílmica que se empenha em apreender em imagem-movimento a subjetividade do sujeito-personagem imbuído na lógica cultural racionalista, mas que também aponta para a busca por outras configurações existenciais.
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