Entre o controle e o silêncio

investigações sobre a representação de mulheres encarceradas no discurso televisivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v41i1.52130

Palavras-chave:

Mulheres encarceradas, Imagens de controle, Representação, Discurso televisivo, TVGlobo

Resumo

As mulheres encarceradas representam cerca de 8% da população prisional brasileira e, mesmo sendo considerado baixo, esse é o grupo em que a taxa de encarceramento mais sobe. Utilizando o conceito “imagens de controle” de Collins (2019), que problematiza o uso de sentidos atribuídos às mulheres negras na manutenção de estruturas racistas, inclusive aquelas ligadas ao aparelho penal, objetivamos identificar como são representadas as mulheres encarceradas no Brasil a partir de produções audiovisuais da TV Globo. No mapeamento realizado, encontramos 63 resultados em que foi possível observar a formação de três representações tipificadas, que podem funcionar como imagens de controle no discurso televisivo sobre esse grupo.

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Biografia do Autor

Carla Ramalho Procópio, Universidade Federal Fluminense

Bolsista CAPES. Doutoranda em Discursos Midiáticos e Práticas Sociais no Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense. Juiz de Fora, Brasil. E-mail: carlaramalhop@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8980-4301

Carla Baiense Felix, Universidade Federal Fluminense

Carla Baiense - Professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social na Universidade Federal Fluminense e no Programa de PósGraduação em Mídia e Cotidiano da UFF. Doutora em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ. Niterói, Brasil. E-mail: carlabaiense@id.uff.br. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7287-6170

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Publicado

2022-05-01