Da constituição da diferença à indiferença do morrer:

produções e contraproduções acerca das mortes (e vidas) trans

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v41i2.52819

Palavras-chave:

Corpos trans e travestis, Violência, Decolonial, Mídia

Resumo

As produções que abordam as violências que acometem pessoas trans e travestis contribuem para a configuração social de imaginários acerca desses corpos. A partir desse pressuposto, apresentamos nesse artigo a constituição da dissidência de gênero a partir das diferenças inscritas em uma matriz subalternizante, criadas no interior do projeto colonial e moderno de poder, com o intuito de refletir como tal dinâmica atravessa as violências a que esses sujeitos estão submetidos diariamente. Para além, observamos nuances nas produções, assim como contraproduções que promovem um enfrentamento, a fim de compreender as disputas que estão presentes nesse contexto de violências. 

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Biografia do Autor

Dayane do Carmo Barretos, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais. Integrante do Grupo de Estudos em Lesbianidades (GEL/UFMG).

Joana Ziller, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora permanente do PPGCOM/UFMG. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Conexões Intermidiáticas e de seu Grupo de Estudos em Lesbianidades.

Marco Aurélio Máximo Prado, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Psicologial Social pela PUC/SP. Professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia PPGPSI/UFMG. Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH/UFMG). 

Referências

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Publicado

2022-08-31