O corpo e o passado insepulto na ficção latino-americana do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v41i1.52912Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre a configuração da temporalidade em narrativas latino-americanas do século XXI que, de modo direto ou indireto, ficcionalizam acontecimentos coletivos traumáticos. Partimos da hipótese de que, através de uma estética fantasmática, o passado ganha centralidade como dimensão temporal que se impõe ao presente. A permanência do passado no presente é metaforizada, recorrentemente, pela presença dos ausentes, pela apresentação figural dos mortos, dando-se destaque ao destino dos corpos, sejam os corpos torturados ou desaparecidos das vítimas, sejam os corpos degenerados daqueles que se mantiveram do lado da violência estatal. Para desenvolver tal hipótese, serão colocadas em diálogo obras cinematográficas e literárias contemporâneas como, por exemplo, os filmes Aranha, de Andrés Wood, A Chorona, de Jayro Bustamante, e romances, como Corpos intermináveis, de Cláudia Lage, e Degeneração, de Fernando Bonassi.
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Referências
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Filmes
O ARANHA, de Andrés Wood (Chile, Argentina, Brasil, 2019).
A CHORONA, é impossível fugir do passado, de Jayro Bustamante (Guatemala/França, 2019).
HOJE, de Tata Amaral (Brasil, 2013).
O CLUBE, de Pablo Larrain (Chile, 2015).
CACHORROS, de Marcela Said (Chile, 2018).
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