“Não levo a sério”

jovens de classe trabalhadora e as representações da adolescência no jornalismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v42i2.58283

Resumo

Este trabalho tem o objetivo de investigar como adolescentes de 14 e 15 anos, de Campinas (SP), consomem informação e reagem a certas representações da adolescência propagadas pela imprensa. Para isso, realizamos dois grupos focais, envolvendo dez jovens de uma escola da área periférica da cidade, de classe trabalhadora. Nos resultados, reafirma-se, como a literatura vem mostrando, que os adolescentes compreendem as notícias de forma mais es-tendida, denominando assim a informação vinda de perfis em redes sociais, pois ali encon-tram temáticas de seus interesses. Percebe-se ainda que os entrevistados não concordam com as representações de sua fase de vida construídas pelo jornalismo, mas não as discutem com família e amigos. Isso se dá por uma certa indiferença em relação à imprensa, ainda que compreendam que tais abordagens interfiram no modo como são tratados pela sociedade.

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Biografia do Autor

Juliana Doretto, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Jornalista. Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Professora e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte (Limiar) da PUC-Campinas. Cofundadora da Recria (Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências). Bolsista do CNPq,
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil (processo nº 311531/2022-9).

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Publicado

2023-08-31