Estratégias narrativas do Desacontecimento na imprensa contemporânea
pesquisa exploratória sobre o newsmaking de fatos não-marcados nos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v43i1.58711Palavras-chave:
Jornalismo; Desacontecimento; Apuração jornalística; Imprensa paulista.Resumo
Este artigo pesquisa, por metodologia exploratória, as estratégias narrativas engendradas pelo Desacontecimento na cobertura informativa da imprensa paulista, no período de 2015 a 2020. De modo específico, mapeia, nos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo, as técnicas de apuração jornalística acionadas por tal matriz na cobertura dos fatos não-marcados. Enquanto código de produção à revelia do newsmaking tradicional, orientado pela cotidianidade do homem ordinário, o Desacontecimento assume dinâmicas noticiosas próprias, para além da gramática positivista que conforma as rotinas profissionais. Neste estudo, combina-se análise quantitativa à uma discussão interpretativa de textos noticiosos tomados como referenciais para a reflexão sobre as potencialidades do Desacontecimento no relato da contemporaneidade.
Downloads
Referências
ACERVO FOLHA (São Paulo). Folha de São Paulo. São Paulo. Disponível em http://acervo.folha.com.br/. Acesso em 12 maio 2023.
ACERVO ESTADÃO (São Paulo). O Estado de São Paulo. São Paulo. Disponível em http://acervo.estadao.com.br/. Acesso em 12 maio 2023.
ALSINA, M. La construcción de la noticia. Nueva edición revista y ampliada. Barcelona: Paidós, 2005.
BENETTI, M. O jornalismo como acontecimento. In: VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). 2009, São Paulo. Anais Eletrônicos... São Paulo: USP, 2009.
BUBER, Martin. Do diálogo e do dialógico . São Paulo: Perspectiva, 1982.
BUBER, Martin. Eu e tu. São Paulo, Cortez & Moraes, 1979.
CHARAUDEAU, P. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2006.
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.
CERTEAU, M.; GIARD, L.; MAYOL, P. A invenção do cotidiano 2: morar, cozinhar. Petrópolis: Vozes, 1996.
ESQUIROL, J. El respirar de los días. Barcelona: Paidós, 2009.
ESQUIROL, J. La resistencia íntima: ensayo de una filosofía de la proximidad. Barcelona: Acantilado, 2015.
ESQUIROL, J. La penúltima bondat: assaig sobre la vida humana. Barcelona: Quaderns Crema, 2018.
GALTUNG, J.; RUGE, M. The structure of foreign news. Journal of Peace Research, v.2, n.1, pp.64-91, 1965.
MAFFESOLI, M. No fundo das aparências. Petrópolis: Vozes, 1996.
MARCONDES FILHO, Ciro. O rosto e a máquina: o fenômeno da comunicação visto pelos ângulos humano, medial e tecnológico (Nova Teoria da Comunicação – Volume I) São Paulo: Paulus, 2013.
MEDINA, Cremilda. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo: Ática, 2008.
MEDINA, C. Atravessagem: reflexos e reflexões na memória de repórter. São Paulo: Summus, 2014.
MEDINA, Cremilda. Ato presencial: mistério e transformação. São Paulo: Casa da Serra, 2016.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007.
PEREC, Georges. Aproximações do quê?. Alea, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 178-180, janeiro-junho 2010.
PEUCER, T. Os relatos jornalísticos. Revista Estudos em Jornalismo e Mídia, v.1, n.2, p.13-29, 2004.
RESTREPO, Luis Carlos. O direito à ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
SHOEMAKER, P. Prefácio. In.: SILVA, G.; SILVA, M. P.; FERNANDES, M. (Orgs). Critérios de noticiabilidade - problemas conceituais e aplicações. Florianópolis: Insular, 2014.
SHOEMAKER, P.; REESE, S. Mediating the Message: theories of influences on mass media content. Longman Publishers, 1996.
SODRÉ, M. A narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis: Vozes, 2009.
TRAQUINA, N. Teorias do jornalismo: a tribo jornalística – uma comunidade interpretativa transnacional. Vol. 2. Florianópolis: Insular, 2005.
WOLTON, Dominique. Pensar a comunicação. Brasília: Ed. Da UnB, 2004.
ZELIZER, Barbie. Os jornalistas enquanto comunidade interpretativa. In: TRAQUINA, Nelson (Org.). Jornalismo 2000. Lisboa: Relógio d’água, 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Tayane Aidar Abib, Dimas Antônio Kunsch
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.