Violências contra mulheres jornalistas no exercício profissional: o cenário hostil vivenciado no Brasil
the hostile scenario experienced in Brazil
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v43i1.59053Palavras-chave:
Jornalistas mulheres; Violência de gênero; Violência online.Resumo
Segundo Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), em 2022, as mulheres jornalistas foram alvos diretos de 145 violações à liberdade de imprensa, dessas 51% contêm discursos estigmatizantes que buscam difamar e constranger as vítimas. Neste sentido, o presente trabalho objetiva trazer reflexões sobre violências sofridas por jornalistas mulheres especialmente no contexto virtual, no Brasil. Para isso, adotamos uma metodologia de pesquisa bibliográfica e documental. Inicialmente, fazemos um panorama conceitual da violência de gênero e da violência contra jornalistas, trazemos dados atualizados sobre a problemática no Brasil, em seguida, discutimos algumas estratégias praticadas pelo governo Lula e por redes e organizações para prevenir, apoiar e acolher as mulheres jornalistas em situação de vulnerabilidade no exercício profissional.
Downloads
Referências
ALEMANY, Carme. Violências. In: HIRATA, Helena et al. (Org.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
ABRAJI. Relatório Violência de gênero contra jornalistas. ABRAJI, 2022. Disponível em: https://abraji.org.br/publicacoes/relatorio-violencia-de-genero-contra-jornalistas. Acesso em: 7mar. 2023.
ABERT. Violações à Liberdade de Expressão. ABERT, 2022. Relatório. Disponível em: https://www.abert.org.br/pdf/ABERTRELATORIOANUAL2021.pdf. Acesso em: 7mar. 2023.
ABRAJI; UNESCO. Relatório Violência de gênero contra jornalistas. ABRAJI; UNESCO, 2022. Relatório. https://violenciagenerojornalismo.org.br/. Acesso em: 6 fev. 2023.
ABRAJI; UNESCO. Relatório Violência de gênero contra jornalistas. 2021. Relatório https://abraji.org.br/publicacoes/relatorio-violencia-de-genero-contra-jornalistas. Acesso em: 6 mar. 2023.
BRASIL. Portaria nº 129, de 17 de fevereiro de 2023. Institui Grupo de Trabalho para apresentação de estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, e para a proposição de políticas públicas em direitos humanos sobre o tema. Diário Oficial da União. Brasília, DF, Edição 36, Seção 1, p. 15.
BNC AMAZONAS. Governo Lula institui o Observatório da Violência contra Jornalistas. Disponível em: https://bncamazonas.com.br/poder/ministerio-da-justica-institui-o-observatorio-da-violencia-contra-jornalistas/. Acesso em 11 mar. 2023.
CUNHA, Samira de Castro et al. Pesquisa Mães Jornalistas e o Contexto da Pandemia. Comissão Nacional de Mulheres da Fenaj. Brasília: 2020. Disponível em: https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2020/08/PESQUISA-MULHERES-JORNALISTAS-NA-PANDEMIA-WEB.pdf. Acesso em: 5 jan. 2023.
DONOSO, T Trinidad, RUBIO, Maria; VILA, Ruth. Las ciberagresiones en función del género. Revista de Investigación Educativa, v. 35, n. 1, p. 197-214, 2017.
FENAJ. Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no brasil. Brasília, 2023. Relatório. Disponível em: https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2023/01/FENAJ-Relat%C3%B3rio-2022.pdf. Acesso em: 7mar. 2023.
FENAJ. Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no brasil. Brasília, 2021. Relatório. Disponível em: https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2022/01/FENAJ-Relat%C3%B3rio-da-Viol%C3%AAncia-Contra-Jornalistas-e-Liberdade-de-Imprensa-2021-v2.pdf. Acesso em: 7mar. 2023.
FENAJ. Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no brasil. Brasília, 2020. Relatório. Disponível em: https://fenaj.org.br/wp-content/uploads/2021/01/relatorio_fenaj_2020.pdf. Acesso em: 7mar. 2023.
FINN, Jerry; BANACH, Mary. Victimization online: The downside of seeking services for women on theInternet. Cyberpsychology and Behavior, v. 3, p.776‐785, 2020.
MUÑIZ, Maria; CUESTA, Josefa. Violencia de género en entornos virtuales. Revista del Cisen Tramas/Maepova, v. 3, n. 2, p. 101-110, 2015.
NETLAB. Acompanhamento da desinformação durante as eleições 2022.Disponível em: http://www.netlab.eco.ufrj.br/blog/acompanhamento-multiplataforma-da-desinformacao-durante-as-eleicoes-2022. Acesso em: 6 fev. 2023.
OMS. Global and regional estimates of violence against women: prevalence and health effects of intimate partner violence and nonpartner sexual violence. Geneva: Organização Mundial de Saúde, 2021. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/978924156462. Acesso em: 11 mar. 2023.
POSETTI, Julie et al. The Chilling: Global trends in online violence against women journalists. Paris, France: Unesco, 2021. Disponível em: https://en.unesco.org/sites/default/files/the-chilling.pdf. Acesso em: 10 mar. 2023.
RODAL, Asunción Bernárdez. Mujeres en medio(s): propuestas para analizar la comunicación masiva con perspectiva de género. Espanha: Editorial Fundamentos, 2015.
REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS (RSF). O jornalismo frente ao sexismo. Paris, France: 2021. Disponível em: https://rsf.org/sites/default/files/o_jornalismo_frente_ao_sexismo_0.pdf. Acesso em: 19 fev. 2023.
SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho. São Paulo: Moderna. Coleção Polêmica, 1987.
SANTOS, C. M. ; Izumino, W.P. . Violência contra as mulheres e violência de gênero. Notas sobre Estudos Feministas no Brasil. Estudios Interdisciplinarios de America Latina y el Caribe, v. 16, p. 147-164, 2005.
WORLD ECONOMIC FORUM. The Global Gender Gap Report (GGGR). Geneva: Switzerland, 2022.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Cynthia Miranda, Rose Dayanne Santana Nogueira, Michelly Santos de Carvalho
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.