Jornalismo e configuração narrativa da história do presente

Autores

  • Luiz Gonzaga Motta UnB

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i12.557

Palavras-chave:

paradigma narrativo, narratividade, teoria da recepção, narrativa jornalística, acontecimento midiático, história do presente.

Resumo

O artigo indaga inicialmente como construímos sentidos a partir dos fragmentos de significação das notícias diárias. Pergunta até onde a linguagem objetiva e descritiva do jornalismo pode ser compreendida como expressão narrativa. Para responder, procura identificar a essência do paradigma narrativo. Conclui que a narratividade dos enunciados jornalísticos não deve ser procurada no estilo, na refere ncialidade, na ordenação cronológica dos fatos nem na composição da intriga. A narratividade do jornalismo, propõe o argumento, está na sua compreensão como processo de conhecimento, na sua ação cognitiva. A narratividade deve ser procurada no círculo mimético, especialmente no ato de recepção e interpretação onde a realidade temporal se recompõe na experiência cultural dos atos de leitura. È o leitor que conclui narrativamente as fragmentadas notícias do dia a dia preenchendo as lacunas, tecendo os fios dos acontecimentos jornalísticos em histórias mais ou menos integrais e realizando continuamente, através de provisórias narrativas jornalísticas, a experimentação de valores éticos e morais.

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Biografia do Autor

Luiz Gonzaga Motta, UnB

Jornalista, doutor pela University of Wisconsin, com pós-doutrado na Universidade Autônoma de Barcelona e professor da Universidade de Brasília

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Publicado

2005-07-31