Muros Discursivos: mapeamento da cobertura trans pela Folha de S.Paulo entre 1960 e 2017

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i0.41070

Palavras-chave:

Análise de conteúdo, Folha de S.Paulo, Travestis e transexuais.

Resumo

Este mapeamento aborda quase 6 mil textos da cobertura trans publicados na Folha de S.Paulo entre 1960 e 2017 e parte da compreensão da mídia como agente fundamental na esfera das representações, influenciando diretamente a dinâmica das sociedades contemporâneas. A reflexão sobre os discurso e narrativas veiculadas nesse periódico, em que as travestis e transexuais paulatinamente migram das associações às artes e espetáculos (23,19% das ocorrências), publicadas no  caderno Ilustrada, passando a ser associadas à marginalidade e criminalidade (36,88% do total), no Cotidiano, revela fluxo discursivo das citações em direção aos anúncios de prostituição, fato que nos convida a percorrer essa narrativa histórica a fim de problematizar como tais conteúdos se configuram na atualidade.

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Biografia do Autor

Daniela Picchiai, PUC-SP

Doutora pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (COS | PUC-SP).

Monica Martinez, Uniso

Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba (Uniso), São Paulo. Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e co-chair do Strategic Scientific Committee (SSC) da IALJS (International Association for Literary Journalism Studies). Organizou o livro “Desigualdades, Relações de Gênero e Estudos de Jornalismo” Intercom, 2018) com Marcos Paulo Silva e Leonel Aguiar.

Diogo Azoubel, Seduc-MA | PUC-SP

Professor da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão (Seduc-MA) e doutorando pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (COS | PUC-SP).

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Publicado

2020-12-24 — Atualizado em 2021-02-03

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