El vía crucis del cuerpo travesti

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v41i1.51775

Palabras clave:

Travesti, Sufrimiento, Violencia, Imagen

Resumen

Este texto investiga los mecanismos que facilitan, promueven, autorizan y legitiman la violencia a la que son sometidas las travestis brasileñas. Comienza con una situación empírica: el brutal asesinato de Dandara Katheryn, ocurrido en 2017, en Fortaleza, Ceará. El enfoque privilegia la lectura de diferentes manifestaciones mediáticas y prácticas comunicativas del fenómeno. La metodología articula la investigación documental y bibliográfica. A partir de una lectura benjaminiana, se realizan dos operaciones analíticas: colección (selección y ordenación de materiales) y montaje (ejercicio de aproximación de diferentes materialidades para la descripción de escenas). Al hablar de la dimensión ético-estética de la escritura de imágenes, el texto propone la vía crucis como recurso interpretativo de la constitución social del sufrimiento y, en particular, de la transfobia.

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Biografía del autor/a

Marlon Santa Maria Dias, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (São Leopoldo, RS, Brasil). Bolsista Capes/Proex. Mestre em Comunicação e bacharel em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal de Santa Maria.

Alisson Machado, Universidade Federal de Santa Maria

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria, RS, Brasil). Mestre em Comunicação e bacharel em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela mesma instituição.

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Publicado

2022-05-01