VIDA DE ARTISTA E PROFESSORA: BUSCA DE NOBREZA E ACOLHIMENTO

Autores

  • Monica Lessa Barros Barreto

DOI:

https://doi.org/10.1234/enfil.vi3.47253

Resumo

Ainda muito jovem, Klee foi o primeiro artista que admirei, e, me apaixonei. Ele me tornava viável ser artista, ele me desvendou a intensidade de conteúdo das imagens. Identificação imediata. A Flecha é a porta de entrada, para mim ela é como a Ponte, a ponte de minha linda casa em Petrópolis, por onde eu passava para ir e vir, nos meus passeios de férias. Flecha e Ponte, tudo a ver, esta percepção me encheu de coragem, passou a ter outra intensidade minha travessia pelo mundo. Muito lindo atravessar a ponte para entrar em casa, uma casa inesquecível, porta de vidro aberta sobre o gramado, lareira, cuca de banana, minha mãe e meu pai. Entre mil outras brincadeiras, - admirávamos as estrelas com meu pai e subíamos o morro para pic-nics- amava apostar com meus irmãos, a cor de carro que mais passava pela estrada lá embaixo. Ali começou meu encantamento pelo desenho de carros, de caminhões. Imagens presentes em muitos desenhos e pinturas. A permanência fica por conta da Flecha que me dá a direção,e da Ponte que me leva. A linha me dá caminho. Meus primeiros desenhos seguem este trajeto. minha vida passa por aí. Vale lembrar que, muitos anos mais tarde, a ponte de Hokusai veio me acompanhar com a mesma intensidade da primeira flecha/ponte. Adorei saber que artistas haviam se revelado modernos em sua admiração pelos orientais. Picasso tinha gravuras japonesas espalhados por seu atelier.

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Publicado

2020-11-22

Edição

Seção

MEMÓRIA E DOCUMENTO