O significado das regras jurídicas e a falácia naturalista: uma análise sobre a influência do empirismo de Hume no positivismo de regras de Herbert Hart
DOI:
https://doi.org/10.22409/reh.v8i1.67716Resumo
O texto mostra como Hart desarma – se é que desama – o desafio da falácia naturalista proposto por Hume, destacando que ambos apontam para o mesmo caminho para explicar o problema da normatividade das regras, a saber: o engajamento e o envolvimento do agente com as regras às quais está submetido. Ambos assumem uma postura descritiva e naturalista para abordar o problema da normatividade e, com isso, deixam o desafio da falácia de lado ao apontarem para o fato empírico de que as pessoas tendem a extrair regras a partir do hábito e da regularidade com que os comportamentos são vivenciados e se apresentam à natureza humana. Hart apresenta, ainda, uma concepção de regras sobre regras e assevera que esse fenômeno exige uma análise a partir de uma perspectiva interna, segundo a qual a justificação das regras depende de uma perspectiva intrínseca a elas, a partir do ponto de vista daquele que atua diretamente com essas regras, como funcionários públicos, advogados, promotores e magistrados que operam as regras jurídicas desde a perspectiva de quem está do lado de dentro de um sistema jurídico de regras. Lembra a postura de Hume com a sua abordagem das crenças naturais, quando mostra que algumas crenças – e eu incluiria aqui a crença de que devemos seguir as regras – são espontâneas e até mesmo inevitáveis à natureza humana.
Palavras-chave: Hume; Hart; Regras Jurídicas; Empirismo; Positivismo.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 André Luiz Olivier da Silva

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Para submeter um manuscrito, os autores devem realizar o cadastro na plataforma, fornecer os dados solicitados e seguir as orientações recomendadas. Para tanto, será necessário apresentar o número da identidade de pesquisador. Para obtê-lo, é necessário realizar o cadastro na plataforma Open Researcher and Contributor ID (ORCID).
Ao submeter um manuscrito, os autores declaram sua propriedade intelectual sobre o texto e se comprometem com todas as práticas legais relativas à autoria. A submissão implica, ainda, na autorização plena, irrevogável e gratuita de sua publicação na REH, a qual se responsabiliza pela menção da autoria.
A REH tem acesso aberto e não cobra pelo acesso aos artigos.
Orientando-se pelo princípio de que tornar público e disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização mundial do conhecimento, a REH adota a política de acesso livre e imediato ao seu conteúdo.
No mesmo sentido, a REH utiliza a licença CC-BY, Creative Commons, a qual autoriza que terceiros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, inclusive para fins comerciais, desde que se reconheça e torne público o crédito da criação original.