Clínica sensível à cultura popular no sofrimento psíquico grave
Palabras clave:
Reforma psiquiátrica, presença sensível, sofrimento psíquico grave, cultura popularResumen
Este estudo problematiza a atenção em saúde mental, resgatando a cultura popular como forma de encontro afetivo, cuidado e criação na clínica do sofrimento psíquico grave. Por meio de reflexão teórica, articularemos o conceito de cultura popular à noção de presença sensível e ambiente suficientemente bom. Compreendemos a cultura popular, no campo da saúde mental, pelo jogo do conformismo e da resistência frente à cultura hegemônica. Ressaltamos a importância de uma atenção sensível aos modos de expressão da cultura popular no cotidiano dos serviços de saúde mental, a partir de uma postura ética e estética frente ao sofrimento psíquico grave.Descargas
Citas
ABRAM, J. A linguagem de Winnicott: dicionário das palavras e expressões utilizadas por Donald W. Winnicott. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
ALVERGA, A. R.; DIMENSTEIN, M. A. A reforma psiquiátrica e os desafios da desinstitucionalização da loucura. Interface - comunic., saúde, educ., Rio de Janeiro, v. 10, n.20, p. 299-316, jul./dez. 2006.
BOLTANSKI, L. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
BRAGA, F. W. A cultura popular como recurso clínico na atenção ao sofrimento psíquico grave. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório Final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental Intersetorial. Brasília: Conselho Nacional de Saúde, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental em dados – 8., ano VI, nº 8, informativo eletrônico. Brasília, 2011.
CALADO, A. J. F. Memória Histórica e Movimentos Sociais: ecos libertários de heresias medievais na contemporaneidade. João Pessoa: Idéia, 1999.
CHAUI, M. Conformismo e Resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
COSTA, I. I. (Org.). Crises psíquicas do tipo psicótico: diferenciando e distanciando sofrimento psíquico grave de “psicose” In: ______. Da psicose aos sofrimentos psíquicos graves: caminhos para uma abordagem complexa. Brasília: Kaco, 2010. p. 57-63.
FERENCZI, S. Elasticidade da técnica psicanalítica (1928). In: ______. Psicanálise IV. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 25-36.
FREIRE, P. Educação como prática de liberdade (1967). 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1983.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido (1974). 46. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
FREIRE, P. Ação Cultural para a Liberdade e outros escritos (1976). 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GODOY, L. B. Uma veste para nossos sonhos: o lugar da cultura no pensamento winnicottiano. In: FERREIRA, A. M. (Org.). Espaço Potencial Winnicott: diversidade e interlocução. São Paulo: Landy, 2007. p. 98-117.
GUATTARI, F. Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo. 3. ed. São Paulo: Brasiliense. 1987.
KUPERMANN, D. Presença Sensível: cuidado e criação na clínica psicanalítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
LANCETTI, A. Clínica Peripatética. SaúdeLoucura; 20. Série Políticas do Desejo. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 2008.
LIMA, V. A. Comunicação e Cultura: as ideias de Paulo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto do partido comunista (1847). 5. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
MOFFATT, A. Psicoterapia do Oprimido: Ideologia e técnica da psicoterapia popular. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1982.
PITTA, A. M. F. Um balanço da Reforma Psiquiátrica Brasileira: Instituições, Atores e Políticas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 12, p. 4579-4589, 2011.
ROLNIK, S. Clínica Nômade. In: EQUIPES DE ACOMPANHANTES TERAPÊUTICOS DO INSTITUTO A CASA. (Org.). Crise e Cidade: acompanhamento terapêutico. São Paulo: EDUC, 1997. p. 83-97.
ROPA, D.; DUARTE, L. F. D. Considerações teóricas sobre a questão do “atendimento psicológico” às classes trabalhadoras. In: FIGUEIRA, S. A. (Org.) Cultura da Psicanálise. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 178-201.
SAFRA, G. A loucura como ausência de cotidiano. Psyche, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 99-108, 1998.
SAFRA, G. A pó-ética na clínica contemporânea. Aparecida: Idéias e Letras, 2004.
SAFRA, G. A hermenêutica na situação clínica: o desvelar da singularidade pelo idioma pessoal. São Paulo: Sobornost, 2006.
VASCONCELOS, E. M. (Org.). Atenção em Saúde Mental inspirada na cultura e nas lutas populares: indicações a partir da antropologia do nervoso e de duas experiências locais no Brasil. In: _______. Abordagens Psicossociais: Reforma Psiquiátrica e Saúde Mental na Ótica da Cultura e das Lutas Populares. São Paulo: Hucitec, 2008. v. 2, p. 229-289.
WINNICOTT, D. W. Desenvolvimento Emocional Primitivo (1945). In: ______. Textos Selecionados – da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. p. 269-285.
WINNICOTT, D. W. Psicose e Cuidados Maternos (1952). In: ______. Textos Selecionados – da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. p. 375-387.
WINNICOTT, D. W. (1954) Aspectos clínicos e metapsicológicos da regressão dentro do setting psicanalítico. In: ______. Textos Selecionados – da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993, p. 459-481.
WINNICOTT, D. W. Aspectos clínicos e metapsicológicos da regressão dentro do setting psicanalítico (1954). In: ______. Textos Selecionados – da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. p. 459-481.
WINNICOTT, D. W. Variedades clínicas da transferência (1955). In: ______. Textos Selecionados – da Pediatria à Psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1993. p. 483-489.
WINNICOTT, D. W. Os objetivos do tratamento psicanalítico (1962). In: ______. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed, 1983. p. 152-155.
WINNICOTT, D. W. Os doentes mentais na prática clínica (1963). In: ______. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed, 1983. p. 196-206.
WINNICOTT, D. W. Playing and Reality (1971). London: Tavistock, 1992.
WINNICOTT, D. W. Tudo começa em casa. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Na medida do possível segundo a lei, a Fractal: Revista de Psicologia renunciou a todos os direitos autorais e direitos conexos às Listas de referência em artigos de pesquisa. Este trabalho é publicado em: Brasil.
To the extent possible under law, Fractal: Revista de Psicologia has waived all copyright and related or neighboring rights to Reference lists in research articles. This work is published from: Brasil.