Carnavalização e liminaridade: o bufão como ente-liminal
DOI:
https://doi.org/10.22409/gambiarra.v2i2.30750Palavras-chave:
carnavalização, liminaridade, BakhtinResumo
Bakhtin afirma que na Idade Média, os ritos cômicos populares situavam-se entre a arte e a vida, num verdadeiro estado liminar, era a vida recriada na manifestação que não era nem puramente artística, nem somente social. O carnaval não era um espetáculo a ser visto, mas uma das formas da vida que deveria ser vivenciada. Tratava-se, sobretudo, da fuga dos cânones e moldes da vida oficial. Possuíam um caráter extremamente humanista, pois não havia distinção hierárquica de nenhuma espécie. No carnaval todos eram iguais.
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Referências
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