Paradigmas globais e suas implicações no espaço urbano: a agenda hegemônica da sustentabilidade na esfera pública e privada

Autores

  • Fernando Pinto Ribeiro USP

DOI:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2015.v17i34.a13712

Palavras-chave:

Planejamento Urbano, Sustentabilidade, Mercados Verdes, Neoliberalismo

Resumo

Este artigo tem por objetivo circunscrever as articulações entre o território urbano e os chamados paradigmas sociais nascentes no processo de globalização. Nesta abordagem, trata-se de visualizar a emergência de um paradigma ambiental crítico às mazelas do crescimento econômico e de outro paradigma neoliberal, que alicerça uma nova ordem econômica global em prol da aceleração deste crescimento. A despeito de suas contradições, ambos se articulam no bojo de uma agenda ambiental hegemônica que erige a noção de sustentabilidade como novo marco de pensamento da civilização e da cidade. A partir de uma matriz discursiva dominante, tal noção penetra nos campos de produção da cidade por intermédio de inúmeros canais de articulação - e isso leva em conta as ações do mercado e de organismos supranacionais que passam a interferir nos mecanismos de gestão e planejamento da esfera pública local. Nesse sentido, as Agendas 21 locais, bem como os documentos produzidos pelo Banco Mundial e outros organismos de planejamento, se juntam aos chamados “mercados verdes” do setor imobiliário e da construção e, assim, instituem relevante engrenagem de transformação da cidade contemporânea, em suas múltiplas escalas e espaços.

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Publicado

2015-11-16

Como Citar

RIBEIRO, F. P. Paradigmas globais e suas implicações no espaço urbano: a agenda hegemônica da sustentabilidade na esfera pública e privada. GEOgraphia, v. 17, n. 34, p. 74-93, 16 nov. 2015.

Edição

Seção

Artigos