VIABILIDADE DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ/MG. É POSSÍVEL?
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2021.v23i50.a38433Palavras-chave:
gestão de Unidades de Conservação, Turismo de Base Comunitária, Concessão de serviços ecoturísticos.Resumo
O orçamento destinado pelo Governo Federal ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio para que o mesmo faça a gestão das mais de 300 Unidades de Conservação (UC) Federais não é suficiente para uma excelência gerencial de tais áreas, o que tem imposto desafios crescentes para a sustentabilidade socio-econômico-ambiental das áreas protegidas. Uma das estratégias adotadas pelo ICMBio perante o desafio de gerir as UCs é a concessão de serviços turísticos em Unidades de Conservação para a iniciativa privada. Por outro lado, a atividade turística tem no espaço geográfico seu objeto de consumo, sendo que para que a mesma ocorra faz-se a apropriação dos territórios e redes, situação que, se não bem planejada, pode levar a uma ótica que privilegia classes mais abastadas em detrimento do local, que fica com o ônus social, ambiental e financeiro. Apesar dos estudos disponíveis na literatura demonstrarem a importância do Turismo de Base Comunitária - TBC enquanto justiça ambiental, percebe-se a escassez de dados sobre o viés da sustentabilidade econômica de tais iniciativas. O artigo buscou, através de um estudo de caso, apresentar dados que demonstram a viabilidade econômica do TBC, de forma a enriquecer o debate sobre esta possibilidade de arranjo gerencial.
Palavras-chave: Concessão de serviços ecoturísticos, Gestão de Unidades de Conservação, Turismo de Base Comunitária
VIABILITY OF COMMUNITY BASED TOURISM IN THE SERRA DO CIPÓ NATIONAL PARK. IS IT POSSIBLE?
Abstract: The budget allocated by the Brazilian Government to the Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation – ICMBio – to manage more than 300 Federal Conservation Units (UC) is not enough to achieve excellence in the management of such areas. This has posed increasing challenges for the socio-economic-environmental sustainability of protected areas. One of the strategies adopted by ICMBio in the face of the challenge of managing UCs is the concession of tourism services by the private sector. On the other hand, tourism activity has its object of consumption in the geographic space, and for it to take place, territories and networks are appropriated, a situation that, if not well planned, can lead to increased privileges to higher class levels in detriment of lower class levels of the local communities, which bears the social, environmental and financial burden. Although the studies available in the literature demonstrate the importance of Community Based Tourism – TBC as environmental justice, there is a lack of data on the economic sustainability bias of such initiatives. The article sought, through a case study, to present data that demonstrate the economic viability of the TBC to enrich the debate on this possibility of managerial arrangement.
Keywords: Conservation Units management; Community-based tourism, Concession of ecotourism services.
VIABILIDAD DEL TURISMO COMUNITARIO EN EL PARQUE NACIONAL SERRA DO CIPÓ: ¿ES POSIBLE?
Resumen: El presupuesto assignado por el Gobierno brasileño al Instituto Chico Mendes para la Conservación de la Biodiversidad – ICMBio – para administrar más de 300 Unidades Federales de Conservación (UC) no es suficiente para lograr la excelencia em el manejo de dichas áreas. Esto há planteado desafios crecientes para la sostenibilidad socioeconómica y ambiental de las áreas protegidas. Uma de las estratégias adoptadas por el ICMBio ante el desafio de la gestión de las UC es la concesión de servicios turísticos por parte del sector privado. Por outro lado, la actividad turística tiene su objeto de consumo en el espacio geográfico, y para que se lleve a cabo se apropian territórios y redes, situación que, si no se planifica bien, puede llevar a um aumento de privilégios a niveles de clase superiores em detrimento de los niveles de clase más baja de las comunidades locales, que soporta la carga social, ambiental y financeira. Aunque los estudios disponibles en la literatura demuestran la importancia del Turismo Comunitario (TBC) como justicia ambiental, faltan datos sobre el sesgo de sostenibilidad económica de tales inciativas. El artículo buscó, a través de un estúdio de caso, presentar datos que demuestren la viabilidad económica de la TBC para enriquecer el debate sobre esta posibilidad de ordenamiento gerencial.
Palabras clave: Manejo de Unidades de Conservación; Turismo Comunitario; Concesión de servicios de ecoturismo.
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