ANÁLISE FISIOGRÁFICA DA BACIA DO RIO MONAPO – PROVÍNCIA DE NAMPULA – MOÇAMBIQUE
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2021.v23i50.a40779Palavras-chave:
Análise morfométrica, Caracterização fisiográfica, Geotecnologias.Resumo
Neste artigo apresenta-se uma caracterização fisiográfica da Bacia Hidrográfica do Rio Monapo localizada na Província de Nampula – Moçambique, objetivando contribuir com a discussão sobre os sucessivos problemas com escassez de água potável na região. Os métodos e técnicas utilizados para o desenvolvimento da presente pesquisa, foram as análises empíricas realizadas em campo em novembro de 2016, levantamento fotográfico, análise morfométrica e mapeamento do meio físico utilizando geotecnologias. De acordo com os dados avaliados a bacia hidrográfica drena uma área de 8.047 km², percorrendo o território de nove distritos de Nampula (população estimada de 1.624.924 habitantes em 2015) em terrenos cristalinos, representados em sua maioria por gnaisses e granitos. O clima apresenta características semiáridas, sendo classificado como tropical seco com precipitações anuais entre 800 mm e 1000 mm. A paisagem é dominada por cultivos arbóreos e florestas decíduas com características savânicas, entremeados por cultivos de manga, caju, mandioca, milho, arroz e banana. A morfometria da bacia indica grande potencial de preservação dos recursos naturais, com baixa susceptibilidade a erosão e inundações. Considera-se que os problemas de abastecimento de água na província devem-se mais às características pluviométricas, sobretudo à concentração das precipitações de novembro a março e ao modelo de uso da terra do que às características morfométricas da bacia. É necessário que sejam adotadas medidas que favoreçam o armazenamento e a concentração de água em reservatórios artificiais, criando um sistema de regularização da drenagem aproveitando as águas precipitadas durante o verão.
Palavras-chave: Análise morfométrica. Caracterização fisiográfica. Geotecnologias.
PHYSIOGRAPHIC ANALYSIS OF THE WATERSHED OF MONAPO RIVER – NAMPULA PROVINCE – MOZAMBIQUE
Abstract: The article presents a physiographic characterization of the watershed of Monapo River, located in Nampula Province – Mozambique, aiming to contribute to the discussion about successive problems with potable water in the region. Regarding methods and techniques it’s possible to highlight empirical analysis of the area accomplished in the field in November 2016, photographic survey, morphometric analysis and mapping of the physiography using geotechnologies. The watershed drains an area of 8.047 km², traversing the territory of nine districts of Nampula (estimated population of 1.624.924 inhabitants in 2015), in crystalline grounds, represented in its majority by gneisses and granites. The climate presents semi-arid characteristics, being characterized as dry tropical with annual rainfall between 800 mm and 1000 mm. Arboreal crops and deciduous forests with savanna characteristics, interspersed with mango, cashew, cassava, corn, rice and banana crops, dominate the landscape. The basin's morphometry indicates great potential for preserving natural resources, with low susceptibility to erosion and flooding and a greater tendency for water to infiltrate. The water supply problems in the province are due more to rainfall characteristics, especially the concentration of rainfall from November to March and to the land use model than to the morphometric characteristics of the basin. It is necessary to adopt actions that favor the storage and concentration of water in artificial reservoirs, creating a system to regulate the drainage from the precipitated waters in the summer.
Keywords: Morphometric analysis. Physiographic characterization. Geotechnologies.
ANÁLISIS FISIOGRÁFICA DE LA CUENCA DEL RÍO MONAPO - PROVINCIA DE NAMPULA - MOZAMBIQUE
Resumen: El artículo presenta una caracterización fisiográfica de la cuenca del río Monapo, ubicada en la provincia de Nampula - Mozambique, con el objetivo de contribuir a la discusión sobre los sucesivos problemas del agua potable en la región. En cuanto a métodos y técnicas, cabe destacar el análisis empírico del área realizado en campo en noviembre de 2016, levantamiento fotográfico, análisis morfométrico y mapeo de la fisiografía utilizando geotecnologías. La cuenca drena un área de 8.047 km², atravesando el territorio de nueve distritos de Nampula (población estimada de 1.624.924 habitantes en 2015), en suelos cristalinos, representados en su mayoría por gneis y granitos. El clima presenta características semiáridas, caracterizándose como tropical seco con precipitaciones anuales entre 800 mm y 1000 mm. Los cultivos arbóreos y los bosques caducifolios con características de sabana, intercalados con cultivos de mango, marañón, mandioca, maíz, arroz y banano, dominan el paisaje. La morfometría de la cuenca indica un gran potencial de conservación de los recursos naturales, con baja susceptibilidad a la erosión e inundaciones y una mayor tendencia a la infiltración del agua. Los problemas de abastecimiento de agua en la provincia se deben más a las características de las lluvias, especialmente a la concentración de las lluvias de noviembre a marzo y al modelo de uso del suelo que a las características morfométricas de la cuenca. Es necesario adoptar acciones que favorezcan el almacenamiento y concentración de agua en reservorios artificiales, creando un sistema para regular el drenaje de las aguas precipitadas en el verano.
Palabras clave: Análisis morfométrico. Caracterización fisiográfica. Geotecnologías.
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