PRESERVAR PARA QUEM? AS CONTRADIÇÕES NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO URBANO-INDUSTRIAL EM CAMPINAS (SP)
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2021.v23i51.a43084Palavras-chave:
reestruturação urbano-industrial, patrimônio cultural, urbanizaçãoResumo
O objetivo deste artigo é analisar a relação entre a reestruturação urbano-industrial e os conflitos na conservação do patrimônio industrial de Campinas. A análise privilegia o final dos anos 1970 até 2014, anos de intensificação dos processos destacados. Nossa pesquisa teve como procedimentos metodológicos: revisão bibliográfica, trabalhos de campo, entrevistas, pesquisa documental, produção cartográfica. O estudo mostra que, em Campinas, o elevado número de tombamentos associados à dimensão cotidiana do trabalho indica uma tendência política de preservação da memória trabalhadora, ferroviária e industrial. Entretanto, muitos dos tombamentos contribuíram contraditoriamente para a deterioração de exemplares do patrimônio industrial da cidade. Nesse sentido, os projetos e as ações impelidas pelos agentes produtores do espaço urbano de Campinas – o poder público municipal, os empresários, os moradores (antigos e novos), as instituições e os grupos políticos de defesa do patrimônio – evidenciam os conflitos pelos usos, funções e apropriação material e simbólica da cidade.
Palavras-chave: reestruturação urbano-industrial; patrimônio cultural; produção do espaço urbano.
PRESERVE FOR WHOM? THE CONTRADICTIONS IN THE PRESERVATION OF THE URBAN-INDUSTRIAL HERITAGE IN CAMPINAS (SP)
Abstract: The purpose of this article is to analyze the relationship between urban-industrial restructuring and conflicts in the conservation of the industrial heritage of Campinas. The analysis privileges the late 1970s to 2014, years in which the highlighted processes were intensified. As methodological procedures, our research had: bibliographic review, fieldwork, interviews, documentary research, cartographic production. The study shows that, in Campinas, the high number of legally protected buildings associated with the daily dimension of work indicates a political tendency to preserve working, railway and industrial memory. However, many rules contradictorily contributed to the deterioration of specimens of the city's industrial heritage. In this sense, the projects and actions driven by the producing agents of the urban space of Campinas – the municipal public power, the businessmen, the residents (old and new), the institutions and the political groups for the defense of the heritage – evidence the conflicts over the uses, functions and the material and symbolic appropriation of the city.
Keywords: urban-industrial restructuring; cultural heritage; urban space production.
¿CONSERVAR PARA QUIÉN? LAS CONTRADICCIONES EN LA PRESERVACIÓN DEL PATRIMONIO URBANO-INDUSTRIAL EN CAMPINAS (SP)
Resumen: El propósito de este artículo es analizar la relación entre la reestructuración urbano-industrial y los conflictos en la conservación del patrimonio industrial de Campinas. El análisis privilegia los últimos años de la década de 1970 hasta 2014, años de intensificación de los procesos destacados. Nuestra investigación tuvo como procedimientos metodológicos: revisión bibliográfica, trabajo de campo, entrevistas, investigación documental, producción cartográfica. El estudio muestra que, en Campinas, el elevado número de edificios legalmente protegidos asociados a la dimensión cotidiana del trabajo indica una tendencia política a preservar la memoria laboral, ferroviaria e industrial. Sin embargo, muchas de las normas han contribuido de forma contradictoria al deterioro de ejemplares del patrimonio industrial de la ciudad. En este sentido, los proyectos y acciones impulsados por los agentes productores del espacio urbano de Campinas – el poder público municipal, los empresarios, los vecinos (viejos y nuevos), las instituciones y los grupos políticos de defensa del patrimonio – evidencian los conflictos por los usos, funciones y apropiación material y simbólica de la ciudad.
Palabras clave: reestructuración urbano-industrial; patrimonio cultural; producción de espacio urbano.
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