ECOFEMINISMO E CONSERVAÇÃO DA NATUREZA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS MULHERES AFROCOLOMBIANAS PARA A PESCA ARTESANAL
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2023.v25i54.a53249Palavras-chave:
Ecofeminismo, Pesca artesanal, Conservação da Natureza, Pacífico Colombiano, ChocóResumo
Partindo do tema ecofeminismo no contexto da afluência das demandas feministas às reivindicações ambientais e sociais, este artigo tem como objetivo aprofundar o debate sobre o tema e demonstrar a função social das mulheres afrocolombianas do Pacífico Chocoano para a pesca artesanal. Justificando-o pela necessidade de dar visibilidade ao tema e ao estudo de caso em tela, percorremos a hipótese de que as mulheres afrocolombianas são responsáveis por diversas atividades pesqueiras e garantir a segurança alimentar de suas famílias e comunidades. No que se refere à metodologia de pesquisa, orientamo-nos pelo materialismo histórico e dialético, por meio do qual compreendemos as desigualdades de gênero no bojo das desigualdades sociais e da luta de classes. Quanto às técnicas de pesquisa, realizamos levantamento bibliográfico, análise documental, trabalho de campo e registro de entrevistas, a partir do que concluímos que as mulheres afrocolombianas vivenciam a desvalorização das atividades que realizam e limitações de acesso aos recursos que utilizam, mas ressurgem em seus contextos sociais e culturais como empreendedoras, líderes de associações, projetos e agitadoras culturais.
Downloads
Referências
ANDREWS, D.; SMITH, K.; MORENA, A. (2019). Enfurecidas: las mujeres y la naturaleza. In: OBSERVATÓRIO del Derecho a la Alimentación y a la Nutrición (org.). El poder de las mujeres en la lucha por la soberanía alimentaria. Alemanha: Pan para el mundo/FIAN internacional, p. 6-17. Disponível em: https://www.righttofoodandnutrition.org/files/rtfn-watch11-2019_esp_b.pdf. Acesso em: 08 jun. 2021.
ANDREWS, D.; LEWIS, D. (2017). Decolonising Food Systems and Sowing Seeds of Resistance. Johhanesburg: African Centre for Biosafety / University of the Western Cape, 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/318213110_Decolonising_Food_Systems_and_Sowing_Seeds_of_Resistance. Acesso em: 08 jun. 2021.
BANCO MUNDIAL. (2012). Hidden Harvest: the global contribuition of captures fisherires. Report nº 66469-GBL. Washington D.C.: World Bank. Disponível em: https://documents1.worldbank.org/curated/en/515701468152718292/pdf/664690ESW0P1210120HiddenHarvest0web.pdf. Acesso em: 27 set. 2020.
CANDIDO, A. (2010). Os parceiros do Rio Bonito: Estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. 11. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul.
DEFENSORIA DEL PUEBLO. (2016). Problemática humanitaria en la Región Pacífica colombiana. Bogotá: Defensoría delegada para la prevención de riegos de violaciones a los derechos humanos y DIH. Disponível em: https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/Publicaciones/2017/11053.pdf. Acesso em: 28 jun. 2020.
DÍAZ, J.M.; GALEANO, J. (2016). El entorno biogeofísico. In: DÍAZ, J.M.; GUILLOT, L.; VELANDIA, M. C. (orgs.). La pesca artesanal en el norte del Pacífico Colombiano: un horizonte ambivalente. Bogotá: Fundación Mar Viva, p.15-27.
ESCOBAR, A. (2015). Territorios de la diferencia: Lugar, movimientos, vida, redes. 2 ed. Popayán: Universidad del Cauca.
FAO, FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. (2020). The state of world fisheries and aquaculture. Roma: FAO. Disponível em: http://www.fao.org/documents/card/en/c/ca9229en/. Acesso em: 24 jul. 2020.
FAO, FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. (2016). Promoting gender equality and women’s empowerment in fisheries and aquaculture. Fisheries and Aquaculture Department of FAO. Disponível em: http://www.fao.org/3/i6623e/i6623e.pdf. Acesso em 09 jun. 2020.
HARARI, Y. N. (2017). Sapiens: uma breve história da humanidade. 28 ed. São Paulo: LPM.
HOOKS, B. (2017). Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes.
ISOLDI, I. A. (2021). Territorialidades amefricanas e estados nacionais no Brasil e Colômbia. Doutorado em Ciências, Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina/Universidade de São Paulo, São Paulo.
LEFF, E. (2015). Political Ecology: a Latin American Perspective. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, p. 29-64. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/made/article/view/44381. Acesso em: 27 set. 2021.
LOUREIRO, V. R. (1985). Os parceiros do mar: natureza e conflito social na pesca da Amazônia. Belém: CNPQ e Museu Paraense Emílio Goeldi.
NABARRO, S. A. (2014). Modo de vida e campesinato no capitalismo: contribuições, limites e construção de um entendimento do campesinato como modo de vida. Doutorado em Geografia Humana, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/USP, São Paulo.
OXFAM. (2020). Time to care: Unpaid and underpaid care work and the global inequality crisis. Oxfam International. Disponível em: https://www.oxfam.org/en/research/time-care. Acesso em: 08 out. 2020.
RANGEL, K. S. (2017). Modo de vida e território na Reserva Extrativista do Rio Cajari (Amapá). Doutorado em Geografia Humana, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/USP, São Paulo.
SUZUKI, J. C. (2013). Território, modo de vida e patrimônio cultural em sociedades tradicionais brasileiras. Revista Espaço e Geografia, v. 16, n. 2, p. 627-40. Disponível em: http://www.lsie.unb.br/espacoegeografia/index.php/espacoegeografia/article/view/272/197. Acesso em: 16 jul. 2021.
TAVARES DOS SANTOS, J. V. (1980). Os colonos do vinho: estudo sobre a subordinação do trabalho camponês ao capital. São Paulo: Hucitec.
TRICONTINENTAL. (2020). Feminist Studies # 1: Women of Struggle, Women in Struggle. Tricontinental Institute for Social Research. Disponível em: https://thetricontinental.org/studies-feminisms-1. Acesso em: 08 out. 2020.
UMAÑA, J. C. (2014). Colombia compleja. Bogotá: Jardín Botánico José Celestino Mutis / Instituto de Investigación de Recursos Biológicos Alexander Von Humboldt.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista GEOgraphia, editada pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. E declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).
O autor concede e transfere, total e gratuitamente, ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense em caráter permanente, irrevogável e não exclusivo, todos os direitos autorais patrimoniais não comerciais referentes aos artigos científicos publicados na revista GEOgraphia. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e dos membros do Conselho Editorial da revista.
Os trabalhos publicados estão simultaneamente licenciados com uma licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.
