GEOGRAFIA E VEGANISMO: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i56.a54135

Mots-clés:

veganismo, geografia, alimentação, bibliometria, práxis

Résumé

A preocupação da sociedade acerca dos direitos dos animais, a interação entre saúde e meio ambiente, assim como o bem-estar pessoal estão entre os principais motivos que explicam o crescimento do veganismo como prática alimentar contemporânea. Apesar de estar presente nos espaços construídos pelos movimentos sociais, essa temática ainda é pouco explorada no meio científico, especialmente no campo da Geografia. O presente trabalho tem como objetivo analisar como o veganismo vem sendo estudado pela Geografia, além de identificar as principais teorias utilizadas e temáticas tangenciadas. Como metodologia, adotou-se a análise bibliométrica para averiguar objetivamente a contribuição do conhecimento científico acerca do tema. Foram pesquisados artigos científicos em três bases de dados, a partir da busca das palavras-chave “veganismo e geografia”. Após filtragens, foram selecionados 14 artigos, cujas características foram tabeladas e analisadas. Dentro da Geografia, as áreas mais centrais nas investigações sobre o veganismo foram: Geografia Humana, Geografia da Alimentação e Geografia Econômica. Devido à importância do tema para questões ambientais e de sustentabilidade, reforça-se a necessidade de se desenvolver mais estudos sobre o veganismo, na busca por respostas eficazes às demandas cada vez mais urgentes do antropoceno.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Références

ADAMS, C. J. (2012) A política sexual da carne: a relação entre carnivorismo e a dominância masculina. Tradução de Cristina Cupertino. São Paulo: Alaúde. 350 p.

ALBAGLI, S. (1996) Divulgação científica: Informação científica para cidadania. Ciência da Informação, Brasília, v. 25, n. 3, p. 396-404.

ARTICO, A. M. (2014) Comunicação e ciberativismo nos movimentos veg-abolicionistas. Revista Eletrônica CoMtempo, São Paulo, v. 6, n. 1, p. 1-11.

BEZERRA, J. E . (2020) Geografia, comércio e consumo: os supermercados como tema geográfico. Revista Espaço e Geografia (UnB), Brasília, v. 23, p. 143-161.

CARLOTA, A. M. (2020) Veganismo y soberanía alimentaria: una alternativa al sistema de consumo y producción actual de carne. GeoGraphos, Alicante, v. 11, n. 123 p. 26-54.

CASTELLS, M. (1999) O verdejar do ser: o movimento ambientalista. In:_______. O poder da identidade. Tradução de Klauss Brandini Gerhard. 3ª ed. São Paulo: Paz e Terra.

CASTRO, J. (1980) Geografia da fome (o dilema brasileiro: pão ou aço). 10a Ed. Rio de Janeiro: Antares Achiamé.

_________. (2002) Geopolítica da fome. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 330 p. (Original de 1951).

CHELMIS, C.; PRASANNA, V. K. (2011) Social networking analysis: A state of the art and the effect of semantics. In: IEEE Third Int’l Conference on Privacy, Security, Risk and Trust and 2011 IEEE Third Int’l Conference on Social Computing, Boston, out. 2011.

CHERRY, E. (2006) Veganism as a cultural movement: A relational approach. Social Movement Studies, v. 5, n. 2, p. 155-170.

CHOUTEAU, A.; DISENHAUS, C.; BRUNSCHWIG, G. (2020). Can high school teach future citizens about animal farming? Inra Productions Animales, v. 33, n. 3, p. 141-152.

ENGELS, F. (1979) A dialética da Natureza. 3 ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 238p. (Original de 1883).

FERNANDES, B. M. (2012) Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Revista Nera, n. 6, p. 24-34.

GARNETT, E. E.; BALMFORD, A.; MARTEAU, T. M.; PILLING, M. A.; SANDBROOK, C. (2021) Price of change: Does a small alteration to the price of meat and vegetarian options affect their sales? Journal of Environmental Psychology, v. 75, p. 101589.

IBOPE INTELIGÊNCIA. (2018) Pesquisa de opinião pública sobre vegetarianismo. Brasil, 28 p. Disponível em: https://www.svb.org.br/images/Documentos/JOB_0416_VEGETARIANISMO.pdf. Acesso em: 15 out. 2021.

LEAL, P. C. (2014) Sobre bestas e mapas. Notas introdutórias sobre a virada animal na Geografia Humana contemporânea. GEOgraphia, v. 16, n. 31, p. 51-75.

LESSA, P.; GALINDO, D. (orgs.). (2017) Relações multiespécies em rede: feminismos, animalismos e veganismo. Maringá: EDUEM, 305 p.

LINDGREN, N. (2020) The political dimension of consuming animal products in education: An analysis of upper-secondary student responses when school lunch turns green and vegan. Environmental Education Research, v. 26, n. 5, p. 684-700.

MAGALHÃES, M. P.; OLIVEIRA, J. C. (2019). Veganismo: aspectos históricos. Revista Scientiarum Historia, v. 2, p. e068.

MCGREGOR, A.; HOUSTON, D. (2017) Cattle in the Anthropocene: Four propositions. Transactions of the Institute of British Geographers, v. 43, n. 1, p. 3-16.

MEIER, T.; CHRISTEN, O.; SEMLER, E.; JAHREIS, G.; VOGET-KLESCHIN, L.; SCHRODE, A.; ARTMANN, M. (2014). Balancing virtual land imports by a shift in the diet. Using a land balance approach to assess the sustainability of food consumption. Germany as an example. Appetite, v. 74, p. 20-34.

MOREIRA, R. (1985) O que é Geografia. (Col. Primeiros Passos) São Paulo: Brasiliense.

MORIN, E. (1973). O paradigma perdido: a natureza humana. Europa-América, 244 p.

MOUAT, M. J.; PRINCE, R.; ROCHE, M. M. (2018) Making value out of ethics: The emerging economic geography of lab-grown meat and other animal-free food products. Economic Geography, v. 95, n. 2, p. 136-158.

OKUBO, Y. (1997) Bibliometric indicators and analysis of research systems: methods and examples. Paris: OECD. 70 p.

OLIVEIRA, A. M. S. (2002) Relação homem/natureza no modo de produção capitalista. PEGADA-A Revista da Geografia do Trabalho, v. 3, p. 1-9.

OLIVER, C. (2021) Vegan world-making in meat-centric society: the embodied geographies of veganism. Social & Cultural Geography, p. 1-20.

PARIS, J. M. G.; FALKENBERG, T.; NÖTHLINGS, U.; HEINZEL, C.; BORGEMEISTER, C; ESCOBAR, N. (2022). Changing dietary patterns is necessary to improve the sustainability of Western diets from a One Health perspective. Science of The Total Environment, n. 811, p. 151437.

PENDERGRAST, N. (2016) Environmental concerns and the mainstreaming of veganism. Impact of Meat Consumption on Health and Environmental Sustainability, p. 106-122.

PEREIRA, L. R. (2019) Uma análise do movimento vegano em Portugal: a importância da crise ambiental nas estratégias e ações do movimento [Em linha]. Dissertação de mestrado. Lisboa: ISCTE-IUL.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2011). Os (des)caminhos do meio ambiente. v. 1. 15. ed. São Paulo: Contexto, 147 p.

RECLUS, E. (2010). A anarquia e os animais. Piracicaba: Ateneu Diego Giménez COB-AIT. (Original de 1897).

RECLUS, E. (2010) Do sentimento da natureza nas sociedades modernas. Tradução Plínio Augusto Coelho. São Paulo: Imaginário, Expressão & Arte. (Original de 1866).

SANTOS, M. (1996) A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec. 392 p.

SEXTON, A. E.; GARNETT, T.; LORIMER, J. (2022) Vegan food geographies and the rise of Big Veganism. Progress in Human Geography, p. 030913252110510.

SORRE, M. (2003) A geografia humana (Introdução). GEOgraphia, v. 5, n. 10, p. 137-143. (Original de 1967).

SORRE, M. (2021) A geografia da alimentação. Confins, n. 51. (Original de 1943).

THE PROJECT THEMES. (2021) Disponível em: <https://www.leap.ox.ac.uk/projectsummary>. Acesso em: 20 abr. 2022.

THE VEGAN SOCIETY. (2019) Definition of veganism. Disponível em: https://www.vegansociety.com/go-vegan/definition-veganism. Acesso em: 05 nov. 2021.

VIANNA, U.; T. W. (2020) Veganismo como projeto social: panorama e estreitamentos com a Agroecologia e a segurança alimentar, Cadernos de Agroecologia, Anais do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia, São Cristóvão - SE, v. 15, n 2.

VALENÇA, F. M. L.; CARBONAI, D. (2014) Novos atores em movimento: o veganismo como prática política. In: XXIII Congresso de Iniciação Científica da Universidade Federal de Pelotas.

VILELA, D. B. L. (2017) Consumo político e ativismo vegano: dilemas da politização do consumo na vida cotidiana. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, 353-377.

WILSON, M. S.; WEATHERALL, A.; BUTLER, C. (2004) A rhetorical approach to discussions about health and vegetarianism. Journal of Health Psychology, v. 9, n. 4, p. 567–581.

WRENN, C. L. (2019) The Vegan Society and social movement professionalization, 1944-2017. Food and Foodways, v. 27, n. 3, p. 190-210.

##submission.downloads##

Publiée

2024-05-02

Numéro

Rubrique

Artigos