AS (IN)COMPATIBILIDADES DO PATRIMÔNIO: OS CONFLITOS DAS COMUNIDADES APANHADORAS DE FLORES SEMPRE-VIVAS NA LUTA POR RECONHECIMENTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i57.a59950

Palavras-chave:

conflitos, natureza, cultura

Resumo

Diamantina, município de Minas Gerais, é reconhecida pelo seu patrimônio cultural, com seu Centro Histórico tombado a nível nacional e mundial; pelo seu patrimônio natural, com parques e unidades de conservação das áreas rurais; e mais recentemente pelo patrimônio agrícola, o qual tem as comunidades apanhadoras de flores sempre-vivas como representante. Refletimos neste texto sobre as (in)compatibilidades entre estas formas institucionais do patrimônio, qualquer que seja o substantivo que o caracterize. Expomos, a partir de apontamentos sobre o Centro Histórico de Diamantina, como o patrimônio, que pode ser um instrumento de luta das comunidades tradicionais brasileiras, contém em si contradições da sociedade moderna produtora de mercadorias, da qual não pode ser apartada.

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Referências

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Publicado

2024-12-11

Como Citar

CERQUEIRA, M. C. S. AS (IN)COMPATIBILIDADES DO PATRIMÔNIO: OS CONFLITOS DAS COMUNIDADES APANHADORAS DE FLORES SEMPRE-VIVAS NA LUTA POR RECONHECIMENTO. GEOgraphia, v. 26, n. 57, 11 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos