AGRICULTURA FAMILIAR: TERRITORIALIDADE E DEMOCRATIZAÇÃO DO TERRITÓRIO NA FRONTEIRA AGRÍCOLA DO ESTADO DE MATO GROSSO/BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2025.v26i59.a65247Palavras-chave:
políticas públicas, desenvolvimento territorial, agronegócioResumo
A agricultura familiar é fundamental para o desenvolvimento sustentável no Brasil, contribuindo significativamente para a segurança alimentar e a preservação ambiental. No Mato Grosso, a expansão da fronteira agrícola gerou intensas transformações territoriais, impulsionadas por políticas que promoveram a ocupação e o crescimento do agronegócio, resultando em alta concentração fundiária e conflitos territoriais. A territorialidade da agricultura familiar vai além da posse da terra, envolvendo práticas culturais e uma relação simbiótica com o ambiente. No entanto, a desigualdade no acesso a recursos, como crédito e infraestrutura, limita o potencial dos pequenos produtores. Políticas públicas, como o PRONAF, têm desempenhado papel relevante, mas enfrentam limitações devido à burocracia e à falta de abrangência. A democratização do território é importante para promover justiça social e integrar os agricultores familiares ao desenvolvimento econômico. O texto destaca a necessidade de estratégias que equilibrem produção agrícola, preservação ambiental e respeito às tradições culturais, promovendo um modelo de desenvolvimento rural sustentável.
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