Técnicas da ação: em torno da dialética entre o uso corporativo do território e as ações dos movimentos de sem-teto
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2015.v17i33.a13701Keywords:
Técnicas da Ação, Movimentos de Sem-Teto, Vazios UrbanoAbstract
Este artigo busca discutir como, atualmente, a cidade gera um uso seletivo e corporativo do território (SANTOS, 2005) pelos mercados fundiário e imobiliário ao criar artificialmente uma situação de escassez habitacional através do uso rentável e especulativo de vazios urbanos potencialmente úteis à moradia. Ao mesmo tempo, buscamos demonstrar como esse processo corrobora para a emergência de movimentos de sem-teto que passam a utilizar os vazios urbanos subversivamente, através de ocupações programadas, no intuito de restaurar direitos e romper com a lógica de apropriação privada da cidade pelo grande capital. Nosso objetivo principal é apontar argumentos para a necessária contextualização das práticas territoriais dos sem-teto a partir do uso seletivo e corporativo da cidade pelos agentes hegemônicos. Para tanto, destacamos três práticas territoriais distintas, porém complementares, que afetariam o direito à moradia e reforçariam o uso corporativo do território. Por fim, concluímos que as ações dos sem-teto, como ações contra-hegemônicas (SANTOS, 2008a), resultam do próprio uso corporativo do território pelo capital, de modo que o meio construído se torna base às operações conflituosas oriundas de diferentes intencionalidades e dos distintos projetos dos que praticam a cidade.
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Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista GEOgraphia, editada pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. E declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).
O autor concede e transfere, total e gratuitamente, ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense em caráter permanente, irrevogável e não exclusivo, todos os direitos autorais patrimoniais não comerciais referentes aos artigos científicos publicados na revista GEOgraphia. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores e dos membros do Conselho Editorial da revista.
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