CICLO HIDROSSOCIAL E O REABASTECIMENTO SOCIAL DAS ÁGUAS: UMA EXPERIÊNCIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DA TAPERA (RJ)
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2020.v22i48.a28630Palabras clave:
Comunidade Tradicional, Ciclo Hidrossocial, Recursos Hídricos.Resumen
Resumo: É inteiramente relevante compreender os movimentos que as águas fazem, desde os movimentos físicos (precipitação, evaporação, infiltração, escoamento, entre outros) até os movimentos sociais, em que os seres humanos causam a sua fluidez. A essa forma de trazer visibilidade também à dinâmica social da água, compreendendo seu caminho refeito por mulheres e homens, chamamos de ciclo hidrossocial. O trabalho propõe compreender os movimentos que as águas fazem na comunidade quilombola da Tapera, que se localiza no município de Petrópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro. A comunidade possui uma relação centenária de autogestão da água em seu território, que, aliás, é amplamente drenado, de forma bem simbiótica com ambiente aproveitando a fluidez do rio para trazerem a água para perto de si. Contudo após as grandes chuvas de janeiro de 2011 houve uma ruptura entre a comunidade e seu território, passando a se reconhecer como a Tapera antes e a Tapera depois das grandes chuvas. Após passarem dois anos fora de suas terras, retornaram ao território reassentados em casas construídas pela prefeitura, em local diferente de antes. A fim de reproduzirem o sistema hídrico urbano, instalou-se um sistema que barra totalmente uma única nascente que abastece toda a comunidade (nascente também escolhidas pelos moradores através de seu conhecimento empírico), a estocando e disponibilizando para quem ali mora. A relação da população com a água mudou, já que no seu novo ambiente não há água visualmente aparente por seus caminhos, de maneira que o maior contato que possuem é o abrir e fechar das torneiras, como nas áreas urbanas. Assim, uma nascente deixa de se tornar um córrego, mas não deixando de existir, e sim passando por um caminho socialmente planejado. Esses caminhos como todos os outros caminhos socialmente construídos precisam ser vistos para que tenhamos uma melhor gestão e entendimento mais inteiro da movimentação da água que tanto nos é essencial à vida.
Palavras chave: Comunidade Tradicional, Ciclo Hidrossocial, Recursos Hídricos.
HYDROSOCIAL CYCLE AND AND SOCIAL REPLENISHMENT OF WATERS: AN EXPERIENCE IN THE TAPERA QUILOMBOLA COMMUNITY (RJ)
Abstract: It is quite important to understand the movements of water, since physical movements (precipitation, evaporation, infiltration, flow, etc.) even social movements, which humans cause their fluidity. We call the hydrosocial cycle this point of view that brings visibility also to the social dynamics of water, understanding its path redone by women and men. This paper proposes to understand the water movements in the Tapera Quilombola Community, which is located in the municipality of Petrópolis, in the mountainous region of the state of Rio de Janeiro (Brazil). The community has a centennial relationship of self-management of water in its territory, whichis largely drained, taking advantage of the fluidity of the rivers to bring the water closer to themselves. However, after the great rains of January 2011 there was a rupture between the community and its territory, beginning to recognize itself as the Tapera before and the Tapera after the great rains. They only returned to their territory two years after the tragedy, resettled in houses built by the city hall, in a different place than before. In order to reproduce the urban water system, it was installed a system that totally bars one single spring that supplies the entire community, (a spring chosen by the residents through their empirical knowledge), storing water and making it available to residents. The relationship between population and water has changed. In its new environment there is no visible water through its pathways, so that the biggest contact they have is the opening and closing of the taps, as in urban areas. Thus, a spring ceases to become a stream, but not ceasing to exist, but flows through a socially planned path. This path, like all other socially constructed paths, needs to be seen in order to have better management, and a more complete understanding of the movement of water that is so essential to life.
Keywords: Traditional Community, Hydrosocial Cycle, Water Resources.
CICLO HIDROSOCIAL Y REABASTECIMIENTO SOCIAL DE AGUA: UNA EXPERIENCIA EN LA COMUNIDAD DE QUILOMBOLA DA TAPERA (RJ)
Resumen: Es completamente relevante comprender los movimientos que hacen las aguas, desde los movimientos físicos (precipitación, evaporación, infiltración, escorrentía, entre otros) hasta los movimientos sociales, en los que los seres humanos causan su fluidez. Esta forma de dar visibilidad también a la dinámica social del agua, entendiendo su camino renovado por mujeres y hombres, lo llamamos ciclo hidrosocial. El trabajo propone comprender los movimientos que realizan las aguas en la comunidad quilombola de Tapera, ubicada en el municipio de Petrópolis, región montañosa del estado de Rio de Janeiro. La comunidad tiene una relación centenaria de autogestión del agua en su territorio, que, por cierto, se drena en gran medida, simbióticamente con un entorno que aprovecha la fluidez del río para acercar el agua a sí misma. Sin embargo, después de las fuertes lluvias en enero de 2011, hubo una ruptura entre la comunidad y su territorio, comenzando a reconocerse como Tapera antes y Tapera después de las grandes lluvias. Después de pasar dos años fuera de sus tierras, regresaron al territorio reasentado en casas construidas por el ayuntamiento, en un lugar diferente que antes. Para reproducir el sistema de agua urbano, se instaló un sistema que bloquea completamente un solo manantial que abastece a toda la comunidad (unmanantial también elegido por los residentes a través de su conocimiento empírico), almacenando su agua y poniéndola a disposición de quienes viven allí. La relación de la población con el agua ha cambiado, ya que en su nuevo entorno no hay agua visible en sus caminos, por lo que el mayor contacto que tienen es la apertura y cierre de los grifos, como en las zonas urbanas. Por lo tanto, una fuente deja de convertirse en una corriente, pero no deja de existir, sino que pasa por un camino socialmente planificado. Este camino, como todos los otros caminos construidos socialmente, necesita ser visto y entendido para que tengamos una mejor gestión y una comprensión más completa del movimiento del agua que es tan esencial para la vida.
Palabras-llave: comunidad tradicional, ciclo hidrosocial, recursos hídricos
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