ESCRIVIVIENDO CON CONOCIMIENTOS LOCALES: REFLEXIONES DE UNA INVESTIGADORA-NEGRO-EDUCADORA DURANTE LA PANDEMIA DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2022.v24i53.a55626Palabras clave:
conocimientos locales, escrivivencia, descolonialidad, geografías negrasResumen
Las reflexiones y proposiciones contenidas en este artículo se relacionan con estudios y prácticas que realicé tanto en la academia como en la educación básica durante el contexto de la Pandemia del Covid-19, más específicamente en el primer semestre del 2021. Esta investigación tiene como objetivo traer lecturas, prácticas empíricas y subjetivas basadas en saberes locales que fueron sistematizados por el movimiento negro brasileño, según la educadora Nilma Lino Gomes. El énfasis teórico está en el pensamiento descolonial y la técnica metodológica proviene del concepto de escrivivencias (“escrevivências”), de la escritora Conceição Evaristo quien, al igual que el antropólogo Arturo Escobar y el educador Paulo Freire, rechaza la separación entre saber y hacer. Además, mi escritura cuestiona radicalmente las relaciones binarias y asimétricas entre naturaleza y cultura, lo local y lo global, la teoría y la práctica. Como resultado, este artículo presenta una crítica al pensamiento globalizador (desarrollista), que invisibiliza cuerpos y cosmopercepciones de grupos que fueron oprimidos por el sistema-mundo (moderno) capitalista. La conclusión es que la dimensión del locus de enunciación a través del “cuerpo-territorio” puede contribuir a la producción de “glocalidades”, como sospecho que sucede a través de la red de geógrafos/as negros/as, que inicialmente fue objeto de investigación en mi trabajo de doctorado. Redes que, como las Geografías Feministas, no son exclusivas de Brasil, pero que encuentran resonancia en acciones que buscan luchar por la emancipación política, social y económica. Una tarea que pretende ser descolonial en la teoría y en la práctica.
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