TERRITÓRIO, SUBJETIVIDADE E TRABALHO: CHAVES PARA UMA LEITURA GEOGRÁFICA SOBRE O COMUM

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i56.a56170

Mots-clés:

Comum, Território, Trabalho, Subjetividade, Exterioridade

Résumé

No contexto das lutas indígenas e camponesas e disputas territoriais em diversas regiões da América Latina, a imagem de “bens comuns” ou “territórios de uso comum” aparece como elemento marcante da retórica de mobilização e fator de diferenciação e caracterização de identidades territoriais. Nos processos de luta pela defesa ou retomada de territórios, onde as disputas se expressam, na reapropriação coletiva da riqueza material expropriada ou ameaçada, e na regeneração de formas políticas não convencionais, o comum passa a ser reivindicado como aspecto central da reprodução da vida. Nesse sentido, a ideia de “comum” não é algo previamente instituído, porém processo instituinte; situar a centralidade da ação do “fazer-comum”, como verbo, auxilia na compreensão do fenômeno a partir das práticas que o constroem. Entender os processos que envolvem multiplicidade e coexistência das formas sociais comunitárias como processos/sujeitos instituintes, nos leva à ruptura com a noção de comum como objeto estático, coisificado, como vem sendo tratado a partir da ideia de “bem comum”. A partir da análise sobre a produção cotidiana do trabalho não-capitalista em comunidades indígenas no México, especialmente na região da Serra Nororiental de Puebla, este trabalho busca contribuir para uma leitura geográfica que ultrapasse o sentido metafórico do comum nos processos territoriais para uma compreensão destes em termos histórico-geográficos, a fim de contribuir uma postura radical ante a crise estrutural que atravessamos.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Références

BARBOSA, A. M. Povos e comunidades tradicionais em luta pelo território: interseções e tensões entre a questão agrária e a questão ambiental. Universidade Federal Fluminense: Dissertação em Geografia, 2014.

BOEGE, E. El patrimonio biocultural de los pueblos indígenas de México. INAH, 2008.

DIETSCHY, B. Los Bienes Comunes y el Desarrollo Sostenible. Ponencia, Salta. Investigaciones Interculturales, Salta, Argentina, 2016.

DRISKOLL, M. El saqueo de los bienes comunes teóricos: Commonwealth de Hardt y Negri. Reseña de ‘Commonwealth: el proyecto de una revolución del común’ de Michael Hardt y Antonio Negri. Tabula Rasa. Bogotá, Núm. 15, 2011

DUSSEL E. La producción teórica de Marx: Un comentario a los Grundrisse. Siglo XXI Editores: México, 2ª ed., 1991.

GUTIERREZ, R. “Horizontes popular-comunitarios en México a la luz de las experiencias contemporáneas de lo común”. En: Linsalata, L. Lo comunitario-popular en México: desafíos, tensiones y posibilidades. BUAP: México, 2016.

GUTIÉRREZ, R. Horizontes comunitario-populares: Producción de lo común más allá de las políticas estado-céntricas. Madrid: Traficante de Sueños, 2017

HAESBAERT, R. Território e descolonialidade: sobre o giro (multi)territorial/ de(s)colonial na América Latina Buenos Aires: CLACSO; Niterói: Programa de Pós-Graduação em Geografía ; Universidade Federal Fluminense, 2021.

HARDIN, G. The tragedy of the commons. Science, n.162, p. 1243-1248, 1968. Tradução de Jose Roberto Bonifácio.

HARDT, M.; NEGRI, A. Commonwealth: el proyecto de una revolución del común. Madrid: Akal, 2011.

HOPKINS, A. M. La categoría de exterioridad en el pensamiento de Enrique Dussel. Em: GANDARILLA, J. G. (coord.) La crítica en el margen: hacia una cartografía conceptual para rediscutir la modernidad. AKAL, México, 2016.

LAVAL, C.; DARDOT, P. Común: Ensayo sobre la revolución en el siglo XXI. Barcelona: Gedisa. 2015

LAVAL, C.; DARDOT, P. O Comum: um ensaio sobre a revolução no século 21. Universidade Nômade (Unisinos), 2016.

LINEBAUGH, P. El manifiesto de la carta magna: Comunes y libertades para el pueblo. Madrid: Traficantes de Sueños, 2013.

LÓPEZ BARCENAS, F. El régimen de la propiedad agraria en México. Primeros auxilios jurídicos para la defensa de la tierra y los recursos naturales. México: EDUCA A.C, 2017.

MARX, K. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858: esboços da crítica da economia política. Boitempo, 2011.

MOUFFE, Chantal. En torno a lo político. Buenos Aires: Fondo de cultura económica, 2009.

OSTROM, E. El gobierno de los bienes comunes. La evolución de las instituciones de acción colectiva. UNAM, FCE, México, 2000.

OTTALENGO, R. El comunitarismo en los pueblos indígenas de México. Arbor. Vol. 165, Núm. 652, 2000.

POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época. 2ª ed., Rio de Janeiro: Campus, 2000

PORTO GONÇALVES, C. W. A Territorialidade Seringueira - Geografia e Movimento Social. GEOgraphia, v. 1, n. 2, p. 67-88, 16 set. 1999.

REGINO MONTES, A. Los pueblos indígenas, diversidad negada. Chiapas, Vol. 7, 1999.

SILVA, R. A. da . Para “descolonizar” o comum: um ensaio crítico sobre a obra de Dardot e Laval. Tempo Social, 33(2), 2017. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2021.176239

THOMPSON, E.P. Costumes em Comum: Estudos sobre a Cultura Popular Tradicional. São Paulo: Companhia de Letras, 1998.

WOOD, E. M. As origens agrárias do capitalismo. Crítica Marxista, São Paulo,. Boitempo, v.1, n.10, 2000, p.12-29

ZIBECHI, R. “Los trabajos colectivos como bienes comunes materiales/simbólicos”, El Apantle, No. 1, 2015, pp. 73-99.

##submission.downloads##

Publiée

2024-04-05

Numéro

Rubrique

Artigos