O "coletivo'' como estratégia territorial dos cativos
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2007.v9i17.a13534Palavras-chave:
território, territorialidade, poderResumo
Este artigo analisa o ordenamento terriorial configurado pelo "coletivo" dos detentos nos presídios e penitenciárias do Estado do Rio de Janeiro. Nossa proposta vem incorporar-se ao conjunto de estudos brasileiros sobre a pena privativa de liberdade e sobre as funções reais e simbólicas por ela desempenhadas. Sob a orientação da Geografia critica e de um conjunto de tendências interdisciplinares, no bojo da "criminologia crítica", examinamos o "coletivo" como estratégia de ação temtorial dos presos, ampliando a discussão sobre a luta do poder político nas prisões e valorizando o papel do domínio dos territórios e das territorialidades referentes ao espaço prisional. Nosso testemunho sobre o "coletivo" se ampara nas considerações conceituais do território e da territorialidade e seus vínculos com as relações de poder, observando as implicações que a formação territorial do "coletivo" institui na "sociedade dos cativos", bem como nas particularidades político-jurídicas e sócio-culturais que envolvem o poder, a disciplina, a vigilância, os saberes e o controle, além das alusões desdobradas, contraditórias e supervalorizadas do sistema prisional.
Abstract
This article analyses the territorial organization shaped by the "collective" of the detainees in prisons of the State of Rio de Janeiro, Brazil. Our proposal comes to be incorporated to the set of Brazilian studies on the private feather of freedom and to the real and symbolic functions that are fulfilled by it. Under the approach of Critical Geography and a set of interdisciplinary tendencies in the area of "critical criminology", we examine the "collective" like strategy of territorial action of the prisoners, enlarging the discussion on the struggle of the political power in prisons and valuing its role, concerning to territories and territorialities referring to the prison space. Our testimony about the "collective" is supported by conceptual considerations about territory and
territoriality and its bonds with the power relations, observing the implications that territorial formation of the "collective" establishes in the "society of the captives", in the legal-political and socio-cultural specificities that wrap power, discipline, vigilance, knowledge and control, besides the unfolded, contradictory and supervaiued allusions of the prison system.
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