GENTRIFICAÇÃO EM SALVADOR DE 1987 A 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i56.a50461

Palavras-chave:

Gentrificação, Eixo Pelourinho Santo Antônio, Salvador-Bahia

Resumo

De forma inicial, gentrificação pode ser definida como um tipo de processo socioespacial que ocorre em áreas urbanas centrais ou com forte apelo urbanístico histórico no qual uma população de baixo poder aquisitivo é substituída por uma população mais abastada. Com um enfoque na cidade de Salvador, este artigo estuda uma área da cidade denominada de Eixo Pelourinho Santo Antônio (EPS) partindo de levantamentos de campo pautados em dados quantitativos e qualitativos. Em suas constatações, o artigo aponta cinco fases do processo na capital baiana, sendo uma primeira relativa aos antecedentes, três convergentes com a Teoria das Ondas de Gentrificação de Smith (1996, 2010) no qual o processo se inicia de forma esporádica, passa por uma consolidação e depois se generaliza para outras partes da cidade e uma quinta que corresponde ao momento atual, quando se observa o esfriamento da especulação imobiliária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ATKINSON, R.; BRIDGE, G. (eds.) (2005). Gentrification in a global context: the new urban colonialism. London: Routledge.

AUTHIER, J. Y. (2006) A gentrificação do bairro Saint-Georges, em Lyon: a convivência de mobilidades diferenciadas. In: ZACHARIASEN, C. B.; NICOLAS, D. H.; D’ARC, H. R. De volta à cidade – Dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos centros urbanos. São Paulo: Annablume, p. 121-143.

BAHIA. (1987). Decreto Estadual n. 7.984, de 4 de setembro de 1987.

BAHIANA, L. C. C. (1978). Agentes modeladores e uso do solo urbano. Anais da Associação de Geógrafos brasileiros. Rio de Janeiro: n. 18, p. 53-62.

BEAUREGARD, R. A. (1996). The Chaos and complexity of Gentrification, In: SMITH, N.; WILLIAMS, P. The New Urban Frontiers – Gentrification and the revanchist city. Nova Iorque: Routledge.

BRASIL (1934). Decreto n. 24.735, 14 de julho de 1934.

BRENER, N. (2013). Reestruturação, reescalonamento e a questão urbana. Espaço e Tempo, GEOUSP, São Paulo, n. 33, p. 198-220.

CAPEL, H. (1972). Agentes y estratégias em la producion del espacio urbano español. Revista Geográfica, n. 8, p. 19-56.

CASTELLS, M. (1975). Luttes urbaines et pouvoir politique. Paris: François Maspero.

CASTRIOTA, L. B. (2009). O Patrimônio Cultural – Conceitos, políticas, instrumentos, São Paulo: Annablume.

CLAVER, N. A (2006). Ciutat Vella de Barcelona: renovação ou gentrificação? In: ZACHARIASEN, C. B.; NICOLAS, D. H.; D’ARC, H. R. De volta à cidade – Dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos centros urbanos. São Paulo: Annablume, p. 145-165.

CORRÊA, R. L. (2005). O espaço urbano. 4. ed. São Paulo: Ática S.A.

CORREIO. (2021). Português que vai comandar o Convento do Carmo chega a Salvador. Disponível em: <https://encurtador.com.br/jqBQ2>. Acessado em: 5 dez. 2023.

CRIEKINGEN, M. (2006). A cidade renasce! Formas, políticas e impactos de revitalização residencial em Bruxelas. In: ZACHARIASEN, C. B.; NICOLAS, D. H., D’ARC, H. R. De volta à cidade – Dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos centros urbanos. São Paulo: Annablume, p. 265-293.

D’ARC, H. R. (2006). Requalificar o século XX: projeto para o centro de São Paulo. In: ZACHARIASEN, C. B.; NICOLAS, D. H.; D’ARC, H. R. De volta à cidade – Dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos centros urbanos. São Paulo: Annablume, p. 265-293.

FORM, W. H. (1954). The place of social structure in the determination of land use: some implications for a theory of urban ecology. Social Forces, Michigan, v. 32, n. 4, maio de 1954.

GLASS, R. (1964). London: aspects of change. London: MacGibbon & Kee.

GUTIÉRREZ, R. A. B. (2014). La polissemia y la linguística de gentrificación. Caderno Metrópoles, São Paulo, v. 16, n. 32, p. 329-340.

HARVEY, D. (2005). O Novo Imperialismo. São Paulo, Loyola.

HARVEY, D. (2006). A produção capitalista do espaço. São Paulo, Annablume.

LEES, L. (2012). The Geography of Gentrification: thinking through comparative urbanism. Progress in Human Geography, v. 26, n. 2, p. 155-171.

LEES, L. (2017). Gentrification. In: BRIDGE, M.; WARD, K. (eds.). Urban Theory – new critical perspectives. Londres: Routledge, p. 134-145.

HOFFMAN, F. E. (2014). Museus e revitalização urbana: o Museu de Artes e Ofícios e a Praça da Estação em Belo Horizonte. Caderno Metrópoles, São Paulo, v. 16, n. 32, p. 537-563.

MARQUEZINI, G. (2015). Prédio na Praça Cayru se torna de interesse público e abrigará museu. Correio, 3 set. 2015. Disponível em: <https://encurtador.com.br/lzETV>. Acessado em: 5 dez. 2023.

MELÉ, P. (2006). (Re)investir nos espaços centrais das cidades mexicanas. In: ZACHARIASEN, C. B.; NICOLAS, D. H.; D’ARC, H. R. De volta à cidade – Dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos centros urbanos. São Paulo: Annablume.

MENDERS, L. (2013). Da gentrificação marginal enquanto movimento urbano crítico: Evidências empíricas de um bairro histórico de Lisboa, Bairro Alto. Revista Ibero-Americana de Urbanismo, n. 9, p. 29-46

MOURAD, L. N. (2011). O processo de gentrificação do centro antigo de Salvador 2000 a 2010. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

PALACIOS, M. G. L. S. (2009). A Reforma do Pelourinho – O período pré-1992. Belo Horizonte: UFMG.

PARENT, M. (1968). Proteção e valorização do patrimônio cultural brasileiro no âmbito do desenvolvimento turístico e econômico. In: LEAL, C. F. B. (org.). (2008). As missões da Unesco no Brasil: Michel Parent. Rio de Janeiro: IPHAN; Copedoc.

RECLUS, E. (2010). Renovação de uma cidade, repartição dos homens. São Paulo: Imaginário.

RIBEIRO, D. A. (2008). Análise do processo de gentrificação na localidade do Santo Antônio Além do Carmo, de 1985 a 2007. Monografia (Graduação em Geografia) Universidade Católica do Salvador, Salvador.

RIBEIRO, D. A. (2011). Gentrification no Parque Histórico do Pelourinho, Salvador – Bahia. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

RIBEIRO, D. A. (2018). Migrações para o Eixo Pelourinho-Santo Antônio, Salvador – Bahia. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador.

RIBEIRO, D. A. (2021). Migrações e processos socioespaciais no eixo Pelourinho Santo Antônio, Salvador Bahia. Caderno Metrópoles, v. 23, n. 50.

ROSE, D. (1984). Rethinking gentrification: beyond the uneven development of marxist urban theory. Environment and Planning D: Society and Space, p. 47-74

SANTOS. M. (2008a). A natureza do espaço. Técnica e tempo. Razão e emoção. 4. ed. 4. reimpr. São Paulo: Edusp.

SANTOS. M. (2008b). O centro da cidade do Salvador. Salvador: L. Progresso Editora.

SMITH, N. (1996). The new urban frontiers: gentrification and the revanchist city. New York: Routledge.

SMITH, N. (2006). A gentrificação generalizada: de uma anomalia local à “regeneração” urbana como estratégia urbana global. In: ZACHARIASEN, C. B., NICOLAS, D. H., ARC, H. R. d’. De volta à cidade – Dos processos de gentrificação às políticas de “revitalização” dos centros urbanos. São Paulo: Annablume, p. 197-264.

VASCONCELOS, P. A. (2006). Os agentes modeladores das cidades brasileiras no período colonial. In: CASTRO, I. E. de et al, (org.). Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

VASCONCELOS, P. A. (2011). A utilização dos agentes sociais nos estudos de Geografia Urbana: avanço ou recuo? In: CARLOS, A. F.; SOUZA, M. L.; SPOSITO, M. E. B. (org.). A produção do espaço urbano – Agentes e processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, p. 75-96.

VASCONCELOS, P. A. (2013). Contribuição para o debate sobre os processos e formas socioespaciais nas cidades. In: VASCONCELOS, P. A.; CORREA, R. L.; PINTAUDY, S. M. (org.). A cidade contemporânea – Segregação espacial. São Paulo: Contexto.

VASCONCELOS, P. A. (2016). Salvador: transformações e permanências (1549-1999). 2. ed. ampl. Salvador: EDUFBA.

Downloads

Publicado

2024-04-05

Como Citar

de Albuquerque Ribeiro, D. (2024). GENTRIFICAÇÃO EM SALVADOR DE 1987 A 2022. GEOgraphia, 26(56). https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i56.a50461

Edição

Seção

Artigos