MODELIZAÇÃO GRÁFICA COMO SÍNTESE DE ANÁLISES GEOGRÁFICAS: PROPOSTA PARA A CIDADE DE LONDRINA-PR
DOI:
https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i57.a52632Palavras-chave:
Organização espacial, Modelos, Ensino de Geografia, Cartografia temática, SIGResumo
Como metodologia com grande capacidade de síntese e que proporciona representações visuais de rápido entendimento, entende-se que a modelização gráfica necessita de maior divulgação nos espaços de pesquisa, de ensino e de aprendizagem. Nesse sentido, propõe-se este trabalho, como um exemplo das possibilidades de uso de modelos gráficos construídos a partir de análises geográficas de espaços urbanos. No caso, o recorte espacial escolhido é a cidade de Londrina-PR. Para que a elaboração dos modelos seja possível, é imprescindível o aprofundamento nos conteúdos da formação histórica e na dinâmica de estruturação espacial da cidade, para que sejam identificadas as estruturas fundamentais de sua constituição. Em posse desse conhecimento, pode-se formular os modelos gráficos individuais e de síntese, por meio de variáveis visuais básicas, simbolizando as estruturas apreendidas. Considera-se esta uma metodologia geográfica e cartográfica poderosa, unindo discussões teórico-metodológicas e empíricas em seu processo de materialização. Paralelamente, pode ser operacionalizada por softwares e ferramentas digitais simples, como o QGIS e pesquisas em sites de buscas na internet, de acesso livre e bem difundido. Portanto, os resultados obtidos englobam, de maneira integrada, tanto materiais cartográficos sintéticos – bem embasados e de fácil confecção, com amplo escopo para uso da criatividade individual e aplicações didáticas –, quanto a produção de análises geográficas capazes de envolver diferentes recortes e escalas, do local ao global.
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