AS GEO-GRAFIAS ANCESTRAIS DE CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2024.v26i57.a63517

Palavras-chave:

Carlos Walter Porto-Gonçalves, geo-grafias ancestrais, sentipensar com o território

Resumo

Neste ensaio as geo-grafias de Carlos Walter Porto-Gonçalves serão pensadas como pontes de conexão aos saberes ancestrais de grupos/povos/classes sociais/etnias/nacionalidades. Sete serão os percursos analíticos feitos por essas geo-grafias: o pensar como sentipensar o território; a vida como critério de verdade; a diversidade de forças na grafia da terra; a incompletude dos seres e a produção do bem-con-viver; a diversidade epistemológica do mundo e o encontro com o conflito social; a geograficidade da história e a descolonização do conhecimento; e a generosidade e o otimismo como atitudes epistêmicas. Por essas pontes, Carlos Walter torna-se território ancestral!

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AB’SABER, A. N. (1977). Os domínios morfoclimáticos na América do Sul: primeira aproximação. Revista Geomorfologia, São Paulo, n. 52, p. 1-22.

ACOSTA, A. (2016). O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Editora Elefante.

BISPO DOS SANTOS, A. (2023). A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora/ PISEAGRAMA.

BRUM, E.; RODRIGUEZ-GARAVITO, C. (2023). Por um mundo mais-que-humane. Sumauma, [s. l.]. Disponível em: https://sumauma.com/por-um-mundo-mais-que-humano/. Acessado em: 27 fev. 2024.

DUSSEL, E. D. (1977). Filosofia na América Latina: filosofia da libertação. São Paulo: Loyola.

ESCOBAR, A. (2014). Sentipensar con la tierra: nuevas lecturas sobre desarrollo, territorio y diferencia. Medellín: Universidad Autónoma Latinoamericana UNAULA Editorial/Editor.

ESCOBAR, A. (2015). Territorios de diferencia: la ontología política de los “derechos al territorio”. Desenvolvimento & Meio Ambiente, v. 35, p. 89-100.

GUDYNAS, E.; ACOSTA, A. (2011). El Buen Vivir más allá del desarrollo. Desco, Lima. Disponível em: https://dhls.hegoa.ehu.eus/uploads/resources/5490/resource_files/4.El_buen_vivir_mas_all%C3%A1_del_desarrollo.pdf?v=63736017044. Acessado em: 10 jan. 2024.

KRENAK, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras.

KRENAK, A. (2022). Futuro ancestral. São Paulo: Companhia das Letras.

LANDER, E. (org.). (2005). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso.

LEFEBVRE, H. (1974). La production de l’espace. Paris: Anthropos.

LEFF, E. (2009). Complexidade, racionalidade ambiental e diálogo de saberes. Educação & Realidade, Porto Alegre, vol. 34, n. 3, p. 17-24.

MALDONADO-TORRES, N. (2007). Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre, p. 127-168.

MALHEIRO, B.; PORTO-GONÇALVES, C. W.; MICHELOTTI, F. Horizontes Amazônicos: para repensar o Brasil e o mundo. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular.

MATURANA, H.; VARELA, F. (1994). De máquinas y seres vivos. Autopoiesis: la organización de lo vivo. Santiago – Chile: Editorial Universitário.

NEVES, E. G. (2022). Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história da Amazônia Central. São Paulo: Ubu Editora.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (1984). Paixão da Terra: ensaios críticos de Ecologia e Geografia. 1. ed. Rio de Janeiro: Socii.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (1989). Os (Des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2001). Amazônia, amazônias. São Paulo: Contexto.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2002a). Da Geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. In: CECEÑA, A. E.; SADER, E. (org.). La guerra infinita: hegemonía y terror mundial. Buenos Aires: Clacso, p. 217-256.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2002b). O latifúndio genético e a r-existência indígeno-camponesa. GEOgraphia, Niterói, v. 8, p. 39-60.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2003). Geografando nos varadouros do mundo: da territorialidade seringalista (o seringal) à territorialidade seringueira (a Reserva Extrativista). 2. ed. Brasília: Edições Ibama.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2004). O desafio ambiental. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Record.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2005). A colonialidade do saber. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Clacso, p. 3-5.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2006). De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência Latino-Americano. GEOgraphia, Niterói, ano VIII, n. 16, p. 41-55.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2008). A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2009). Entre América e Abya Yala: tensões de territorialidades. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 20, p. 25-30.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2011). O Espírito de Cochabamba: a reapropriação social da natureza. Comunicação & Política, Porto Alegre, v. 29, p. 104-124.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2012a). A ecologia política na América Latina: reapropriação social da natureza e reinvenção dos territórios. INTERthesis, Florianópolis, v. 9, n.1, p.16-50.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2012b). A reinvenção dos territórios na América Latina Abya Yala. Cidade Do México: Universidade Autônoma do México.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2015a). Amazônia enquanto acumulação desigual de tempos: uma contribuição à ecologia política da região. Revista Crítica de Ciências Sociais, [s. l.], v. 107, p. 63-89.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2015b). Pela vida, pela dignidade e pelo território: um novo léxico teórico político desde as lutas sociais na América Latina/ Abya Yala/Quilombola. Polis, Santiago, v. 14, p. 237-251.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2017a). Amazônia - encruzilhada civilizatória: tensões territoriais em curso. 1. ed. Rio de Janeiro: Consequência.

PORTO-GONÇALVES, C. W. (2017b). De utopias e de Topoi: espaço e poder em questão (perspectivas desde algumas experiências de lutas sociais na américa latina/abya yala). Geographia Opportuno Tempore, Londrina, v. 3, p. 10-58.

PORTO-GONÇALVES, C. W.; LEFF, E. (2015). Political ecology in Latin America: the social re-appropriation of nature, the reinvention of territories and the construction of an environmental rationality. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Curitiba, v. 35, p. 65-88.

PORTO-GONÇALVES, C. W.; ROCHA, P. H.; TRINDADE, H. (2022). Uma geografia decolonial da pandemia: um olhar sobre o ano de 2020. Ensaios de Geografia, Niterói, v. 9, n. 19, p. 39-65.

POSEY, D. A.; BALÉE, W. (ed.). (1989). Resource management in Amazonia: indigenous and folk strategies. Advances in Economic Botany. New York, v. 1.

QUIJANO, A. (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, p. 107-130.

QUINTERO WEIR, J. A. (2019). Fazer comunidade: notas sobre território e territorialidade a partir do sentipensar indígena na bacia do Lago de Maracaibo, Venezuela. Porto Alegre: Deriva.

SANTOS, M. (1996). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec.

SANTOS, M. (2004). Pensando o espaço do homem. 5. ed. São Paulo: EDUSP.

SEGATO, R. L. (2012). Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos CES, Coimbra, n. 18, p. 106-131.

THOMPSON, E. P. (1981). A miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Althusser. Rio de Janeiro: Zahar.

TOLEDO, V. M.; BARRERA-BASSOLS, N. (2015). A memória biocultural: a importância ecológica das sabedorias tradicionais. São Paulo: Expressão Popular.

VIVEIROS DE CASTRO, E. (1996). Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 115-144.

WALSH, C. (2008). Interculturalidad, plurinacionalidad y decolonialidad: las insrgencias politico-epistêmicas de refundar el estado. Revista Tabula Rasa, Bogotá, v. 8, p. 131-152.

Downloads

Publicado

2024-07-17

Como Citar

MALHEIRO, B. AS GEO-GRAFIAS ANCESTRAIS DE CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES. GEOgraphia, v. 26, n. 57, 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Geografando e re-existindo: um tributo a Carlos Walter Porto-Gonçalves