Transferências grafo-fônico-fonológicas: uma análise de dados de criança monolíngues (português) e bilíngues (hunsrückisch-português)
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v16i30.32931Palavras-chave:
bilinguismo, transferência grafo-fônico-fonológica, transferência fonético-fonológica.Resumo
Neste artigo, relatamos os resultados de um estudo sobre a troca de grafemas que representam fonemas oclusivos surdos por grafemas representando fonemas sonoros (e vice-versa) e os padrões de VOT de alunos monolíngues (Português) e bilíngues (Hunsrückisch-Português). Os participantes foram divididos em três grupos: alunos monolíngues sem contato com bilíngues (MR), monolíngues que possuem contato com bilíngues (MP) e bilíngues (B). Na pesquisa, foram analisados, primeiramente, o número de trocas dos grafemas <p,b>, <t,d> e <c,g> da escrita de 183 alunos dos três grupos. Em um segundo momento, foram analisados os dados escritos de 30 alunos (10 de cada grupo) dos 183 analisados anteriormente. Com relação aos VOTs, foram analisados, primeiramente, os padrões da fala em PB dos 30 participantes. Posteriormente, foram medidos os VOTs do Hunsrückisch dos 10 alunos bilíngues. Quanto aos resultados, encontramos a ocorrência de mais trocas grafêmicas nos participantes do grupo B, seguidos dos do grupo MP e, por fim, dos do grupo MR. Quanto aos padrões de VOT, nos segmentos surdos foram encontrados VOTs menores no grupo MR do que no grupo B e nos segmentos sonoros, foram apurados valores mais elevados de pré-vozeamento no grupo MR do que no grupo B. Verificamos, nos resultados, valores gradientes nas transferências fonético-fonológicas encontradas. Concluímos que parte de nossos participantes apresentam uma correlação positiva entre a taxa de trocas dos grafemas e a produção de fala, o que sugere uma possível relação entre os processos de produção escrita e oral.
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