Escritas em erupção: a ruína da mulher, a ascensão da barata – a desconstruçâo identitária pela via do apagamento da identidade humana

Autores

  • Maria Edinara Leão Moreira Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i35.32943

Palavras-chave:

drama da linguagem, existência, experiência, dissolução, gênero humano

Resumo

A presença da barata acentua o drama de consciência vivido por G. H. nesse que é um tipo de “rito de passagem”. Os ritos de passagem associam-se mais ao olhar antropológico, que poderia trazer outra iluminação ao dilema existencial vivido pela personagem, confirmando a experiência como uma superação de etapas, baseada na causalidade do antes e do depois. A personagem vive sua paixão, a via-crúcis do abandono e da dissolução para, num momento posterior, reencontrar dentro de si mesma o gênero humano. A presença da barata acentua o drama de consciência vivido por G. H. nesse que é um tipo de “rito de passagem”, o qual costuma sempre vir carregado de crises. G. H. perfaz um caminho oposto ao da cultura. Entre o nojo e o encantamento, a personagem consegue identificar em si uma força primordial que alimenta o humano que somos, e é nessa direção que ela se move, buscando reunificar o sujeito às forças míticas da natureza. No momento em que ingere a barata, funde-se com o mundo primário que, segundo afirma, incorpora as temporalidades das civilizações passadas.

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Biografia do Autor

Maria Edinara Leão Moreira, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Graduada em Letras-Licenciatura Plena pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (1993) e mestrado em Letras pela Universidade de Passo Fundo (2005). É Doutora em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2011). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: poesia, análise, narrativa, psicológico, Cecília Meireles, Clarice Lispector.

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

Moreira, M. E. L. (2013). Escritas em erupção: a ruína da mulher, a ascensão da barata – a desconstruçâo identitária pela via do apagamento da identidade humana. Gragoatá, 18(35). https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i35.32943