A brutalização da escrita: perecimento e precariedade em Uma duas, de Eliane Brum

Autores

  • Tatiana Pequeno Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i35.32946

Palavras-chave:

literatura brasileira contemporânea, Eliane Brum, poética da ruína

Resumo

O primeiro romance de Eliane Brum Uma duas suscita inúmeras reflexões a respeito das tradições e discursos (pós)humanistas. Construída a partir do conflito de subjetividades (de uma filha e de sua mãe), a narrativa busca compreender em que medida um legado doentio de relações humanas confronta os indivíduos com seus permanentes estados de precariedade e ruína por meio de uma memória agressiva. A primeira parte do artigo procura ler a narrativa a partir de suas conexões com os sentidos pós-humanistas dela derivados, buscando compreender a brutalização como perda da aura tanto do indivíduo quanto de suas obras. A segunda parte do texto pretende discutir em que medida a escrita realoca a personagem Laura na sua humanidade, libertando-a da razão distópica de sua identidade híbrida porque geminada ao “seio grande e duro” de Maria Lúcia, sua mãe.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiana Pequeno, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Letras Vernáculas (Literaturas Portuguesa e Africanas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com tese sobre Maria Gabriela Llansol. É Professora Adjunta de Literaturas Portuguesa e Africanas da Universidade Federal Fluminense (UFF). Tem experiência como professora, pesquisadora e gestora, trabalhando principalmente na área de Letras, com foco nas Literaturas de Língua Portuguesa. Atualmente desenvolve o projeto de pesquisa “Por uma literatura menor: (re)visões das subalternidades nas literaturas de língua portuguesa” [Diretório CNPq].

Downloads

Publicado

2013-12-31

Como Citar

Pequeno, T. (2013). A brutalização da escrita: perecimento e precariedade em Uma duas, de Eliane Brum. Gragoatá, 18(35). https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i35.32946