Uma análise discursiva de sujeitos com gagueira
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.2013n34a32964Palavras-chave:
Gagueira, Discurso, Formações discursivasResumo
Os estudos linguísticos e fonoaudiológicos tomam a gagueira como uma manifestação de algo que se dá no plano do corpo, ora significado como tensão muscular, ora como respiração, produção de fala, ou, ainda, como formação genética, um sujeito, portanto, com uma “doença”. Ao percorrer as discussões teóricas sobre a gagueira, lançou-se um novo olhar sobre ela, sob a ótica discursiva, com possibilidades terapêuticas na mesma abordagem. A partir da teoria e dispositivo analítico da Análise do Discurso de linha francesa, fundada por Pêcheux e desenvolvida por Orlandi e seguidores, pretendeu-se analisar o sujeito que é visto no interdiscurso cristalizado pela sociedade como sujeito-gago: aquele que é portador de uma patologia, inserido em formações discursivo-ideológicas que o fazem mais gago. Operaram-se recortes discursivos de dois sujeitos-gagos em processo de atendimento fonoaudiológico, visto de forma longitudinal. Considerando a regularidade do funcionamento do discurso e ancorando as análises na interdiscursividade, ou seja, nos mecanismos de constituição de sentidos, identificaram-se certas formações discursivas materializadas no discurso dos sujeitos em estudo e que representam possibilidades teóricas e terapêuticas ao estudo da gagueira. Afirma-se, assim, a gagueira como um distúrbio de linguagem, diretamente relacionado às condições de produção, com a indicação de possibilidade terapêutica na mesma perspectiva. A análise discursiva realizada mostrou evidente mudança de posição de sujeito-gago para sujeito- -fluente.
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