Identificação, memória e figuras identitárias: a tensão entre a cristalização e o deslocamento de lugares sociais

Autores

  • Evandra Grigoletto Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Fabiele Stockmans De Nardi Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i34.32967

Palavras-chave:

memória, figuras identitárias, identificação

Resumo

A proposta deste artigo é discutir a noção de figuras identitárias, observando como a memória intervém no processo de produção de sentidos, promovendo a cristalização e/ou o deslocamento de determinados lugares sociais. Essa noção se apoia no conceito de figura, que tomamos aqui enquanto cristalização, no tempo, de uma imagem que está colada à representação de um lugar social. A figura aparece como forma por meio da qual é possível representar esse lugar, podendo sofrer deslocamentos ao ser discursivizada em diferentes épocas. Trata-se da forma material de um discurso fundador (ORLANDI, 2003) que marca o imaginário que se constrói sobre um grupo social. Ao ocuparmo-nos das figuras identitárias, traçamos como objetivos centrais deste artigo: 1) produzir uma teorização acerca dessa noção no campo da AD, a partir da relação entre os conceitos de figura, memória e identificação; 2) explorar a sua produtividade analítica, a partir das figuras do cangaceiro e do compadrito.

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Biografia do Autor

Evandra Grigoletto, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutora em Teorias do Texto e do Discurso pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é professora de Língua Portuguesa do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, atuando nas linhas de pesquisa Análises do Discurso e Análises de Práticas de Linguagem no Campo de Ensino. Em suas pesquisas, tem-se dedicado às questões relacionadas ao funcionamento do discurso midiático, analisando especialmente diferentes discursividades inscritas no espaço virtual. Publicou O Ensino a Distância e as Novas Tecnologias: o funcionamento do discurso pedagógico nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, na Revista Eutomia (UFPE, 2011), e coorganizou o livro Discursos em rede: práticas de (re)produção, movimentos de resistência e constituição de subjetividades no ciberespaço, publicado pela Editora da UFPE (2011).

Fabiele Stockmans De Nardi, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutora em Teorias do Texto e do Discurso pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007), é professora de Língua Espanhola do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, atuando nas linhas de pesquisa Análises do Discurso e Análises de Práticas de Linguagem no Campo de Ensino. Em seus projetos, tem-se dedicado especialmente às questões que tratam a relação entre língua, cultura e identidade no âmbito das teorias do discurso. É coorganizadora do livro Discursos em rede: práticas de (re)produção, movimentos de resistência e constituição de subjetividades no ciberespaço, publicado pela Ed. Universitária – UFPE (Recife, 2011), e de Foucault com Pêcheux: entre a estrutura e o acontecimento, publicado no livro Foucault com outros nomes: Lugares de Enunciação organizado por Pedro de Souza et alii, publicado pela Editora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (2009).

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Publicado

2013-07-06

Como Citar

Grigoletto, E., & Nardi, F. S. D. (2013). Identificação, memória e figuras identitárias: a tensão entre a cristalização e o deslocamento de lugares sociais. Gragoatá, 18(34). https://doi.org/10.22409/gragoata.v18i34.32967