Um olhar sobre a francofilia presencista: ecos de um amor não correspondido
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v17i33.33011Palavras-chave:
Nouvelle Revue Française, presença, francofilia, mediação, diálogo luso-francêsResumo
Está sobejamente comprovado o fascínio que a cultura e literatura francesas desde sempre exerceram no imaginário português. Ora, os escritores que, em 1927, se reuniram em torno da revista presença (1927-1940), não escaparam a esta sedução francófila, aliás por eles expressamente assumida. Com efeito, ao percorrermos as páginas da revista coimbrã deparamo-nos com uma constante referência à língua e cultura francesas. Convém, contudo, sublinhar que a francofilia presencista se reveste de traços singularizadores e, de certo modo, seletivos, uma vez que do amplo reportório literário e cultural francês, foi a Nouvelle Revue Française, tutelada pelo magistério crítico e doutrinário de André Gide, que a geração da presença elegeu como paradigma estético-literário. No entanto, o fascínio e admiração do grupo de Régio pela bande à Gide não conhece reciprocidade e o diálogo entre as duas revistas/gerações manter-se-á unilateral, apesar das várias tentativas de aproximação por parte dos presencista.
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