Das atmosferas, acasos e turbulências
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v16i31.33056Palavras-chave:
cultura somática, literatura anglo-saxônica, subjetividade contemporâneaResumo
O artigo explora alguns aspectos da cultura “somática” contemporânea, expressos de modo significativo na literatura anglo-saxônica recente. Para tal, analisa o romance Atmospheric Disturbances, de Rivka Galchen, editado em 2008. A crescente ênfase cultural e midiática no plano material do corpo - em especial nas redes neuronais do cérebro, em hormônios e genes –, acionada para se dar conta de todas as esferas da experiência humana, fornece roteiros de subjetivação de cunho biologizante. Novas síndromes descritas e catalogadas de modo proliferante tendem a medicalizar e a domesticar estranhamentos e ambiguidades elaborados há séculos, sob outras claves, pela cultura letrada ocidental (da literatura à psicanálise). A leitura crítica do romance de Galchen permite ressaltar questões éticas, políticas e filosóficas implicadas no processo de naturalização e de progressiva desespiritualização do fenômeno humano, presente na cultura contemporânea.
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