O CANIBALISMO COMO APROPRIAÇÃO CULTURAL: DE CALIBAN AO "MANIFESTO ANTROPÓFAGO"

Autores

  • José Luís Jobim UFF

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v20i39.33356

Palavras-chave:

circulação literária e cultural, canibalismo, apropriação cultural

Resumo

Nesse artigo, vamos apresentar e discutir sinteticamente a circulação literária e cultural das ideias sobre canibalismo como apropriação cultural, passando por Caliban e seu uso no debate europeu e latino-americano, até chegar ao Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.

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Biografia do Autor

José Luís Jobim, UFF

Mestre em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980) e doutor em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986). Fez pós-doutorado na Stanford University (2001). Atualmente é Professor Associado IV da Universidade Federal Fluminense e Professor Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (aposentado, mas ainda atuando no Programa de Pós-Graduação em Letras). Foi presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada e primeiro secretário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Letras e Linguística. Entre suas atividades, podem-se mencionar: consultor ad hoc para avaliação de pós, qualis e auxílios da CAPES, parecerista ad hoc do CNPq, da FAPERJ e da FAPESP, referee/peer reviewer da Agenzia Nazionale di Valutazione del sistema Universitario e della Ricerca (ANVUR) da Itália, membro do Board of Advisors do Institute for World Literature (Harvard University, USA), membro de conselhos consultivos e/ou editoriais de periódicos científicos no Brasil e no exterior. É "Cientista do nosso Estado". Segundo a FAPERJ: "As bolsas "Cientistas do Nosso Estado", ou "Bolsas de Bancada para Projetos BBP", destinam-se a apoiar, por meio de concorrência, projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área, com vínculo empregatício em instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro. São elegíveis para concorrer os pesquisadores que tenham, entre outras coisas, produção científica de alta qualidade, compatível com o nível de pesquisador 1 do CNPq, especialmente nos últimos cinco anos (Fonte: Edital FAPERJ nº 09/2009) Foi membro da Comissão Nacional de Letras do INEP. Seu projeto anterior foi sobre as trocas e transferências literárias e culturais e a história da literatura, investigando os fundamentos dos quadros de referência a partir dos quais se formulam os próprios julgamentos dos críticos e teóricos e o repertório terminológico para tematizá-las, incluindo os termos que são mais frequentes na área de Letras do que trocas e transferências , principalmente nas ex-colônias ibéricas: imitação , influência , autonomia e modernização , por exemplo. Seu projeto atual visa a uma análise crítica dos fundamentos alegados por produtores de textos (literários, teóricos, críticos) dos séculos XX e XXI sobre sua própria escrita, considerando a perspectiva implícita e explícita que os escritores produzem sobre sua própria escritura em suas respectivas obras, a perspectiva de críticos e teóricos sobre a produção literária destes escritores, a perspectiva de críticos e teóricos sobre a produção de crítica e teoria, a fim de discutir a emergência de novos sentidos sobre o contexto e as bases materiais em que se configura esta produção, com foco maior na proliferação textual em meio digital. Propõe-se um estudo em perspectiva histórica (contrastando com a produção de sentidos do século XIX) dos conceitos e da terminologia empregados nos discursos de e sobre a literatura no presente (em contraste com o passado), tematizando, entre outras coisas: as comunidades (teóricas, críticas e/ou literárias) organizadas em torno de conceitos compartilhados; a organização de campos a partir de conceitos comuns; os termos e conceitos cuja reiterada presença e aparente permanência encobrem diferenças de conteúdo no seu emprego; etc. Dar-se-á especial atenção às seguintes questões: 1. o estatuto da autoria; 2. as diferentes perspectivas sobre os (novos e antigos) suportes da escrita; 3. as textualidades do agora.

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Publicado

2015-12-29

Como Citar

Jobim, J. L. (2015). O CANIBALISMO COMO APROPRIAÇÃO CULTURAL: DE CALIBAN AO "MANIFESTO ANTROPÓFAGO". Gragoatá, 20(39). https://doi.org/10.22409/gragoata.v20i39.33356

Edição

Seção

Artigos de Literatura